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Inadimplência de empresas permanece estável por três meses seguidos

Número de CNPJs negativos manteve-se em 6,9 milhões em julho, segundo pesquisa da Serasa Experian. Dívidas em atraso somam R$ 147 bilhões

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1 de 1 imagem colorida maquina de calcular dinheiro - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A inadimplência entre empresas no Brasil segue estável por três meses seguidos. É isso o que mostra uma pesquisa realizada pela Serasa Experian, divulgada com exclusividade pelo Metrópoles. De acordo com o levantamento, havia 6,9 milhões de companhias negativadas no país em julho, o mesmo patamar de maio e junho. Antes disso, em abril, o número era de 6,7 milhões. 

Segundo o indicador, cada CPNJ inadimplente registrou, em média, 7 dívidas em julho. Quando somados, os 6,9 milhões de débitos vencidos totalizam R$ 147,1 bilhões.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a interrupção na queda das taxas de juros pode ter contribuído para a permanência da alta inadimplência, principalmente para as dívidas de longo prazo. “Empresas com esse tipo de endividamento enfrentam riscos maiores e o aumento das taxas de juros pode resultar em pagamentos mais altos, complicando a gestão financeira”, diz Rabi. “E a incapacidade de refinanciar ou renegociar essas dívidas pode levar à insolvência.”

Além disso, nota o economista, a valorização do dólar adiciona uma pressão extra, pois os importadores de insumos ou produtos são diretamente impactados. “O fortalecimento da moeda americana encarece essas importações, reduzindo as margens de lucro e prejudicando a liquidez necessária para cumprir com as obrigações financeiras”, afirma Rabi.

Serviços tem maior taxa

O segmento de serviços representou a maior parte das empresas com compromissos negativados (55,9%). Na sequência, veio o comércio (35,6%), seguido pelas indústrias (7,3%), o setor primário, ligado à agropecuária, (0,8%) e a categoria “outros” (0,3%), que engloba o segmento financeiro e o Terceiro Setor. Em relação às dívidas, o grupo “outros” representou a maior parte delas, com 28,9% do total. A seguir, mas muito perto, ficou serviços, com 28,8%.

Em julho, Alagoas foi o estado que apresentou a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 42,4% das companhias com os CNPJs no vermelho. Em segundo lugar ficou Maranhão (40,0%), seguido por Roraima (38,0%), Amapá (37,4%) e o Distrito Federal (37,1%). São Paulo ficou em sétimo lugar (36,3%) e o Rio de Janeiro no 12º posto (32,6%). Goiás e Piauí registraram as menores taxas, com 24,3% e 23,5%, respectivamente.

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