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IGP-M: inflação do aluguel recua 0,06% em fevereiro

Em fevereiro do ano passado, Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, registrou variação de 1,83%

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Vitória (ES) - Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
1 de 1 Vitória (ES) - Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil) - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, recuou 0,06% em fevereiro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (27/2) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação do aluguel ficou em 1,86%. Já no acumulado de 2023, até aqui, o IGP-M está em 0,15%.

Em fevereiro do ano passado, o indicador da FGV registrou variação de 1,83%.

A queda verificada em fevereiro deste ano interrompeu uma sequência de dois meses seguidos de variação positiva, embora com desaceleração, em dezembro (0,45%) e janeiro (0,21%).

“O recuo dos preços de grandes commodities, com destaque para soja (de -0,92% para -3,68%) e bovinos (de 0,65% para -2,74%), sustenta o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) em queda e contribui para um novo recuo da taxa em 12 meses, que passou de 3% para 0,42%, o menor patamar desde março de 2018, quando caíra 1,22%”, explica o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.

“A inflação ao consumidor também cedeu diante da contribuição menos intensa do grupo educação, leitura e recreação, cuja variação média desacelerou de 2,04% para 0,46%. Por fim, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) também registrou inflação mais baixa, influenciado pelo comportamento da mão-de-obra (de 0,77% para 0,10%), que registrou alta discreta em comparação ao mês anterior”, completa Braz.

O IGP-M

O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” porque serve de base para reajustes de diversos contratos, como os de locação de imóveis.

Além da análise dos preços ao consumidor, o índice leva em consideração o custo dos produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e insumos da construção civil.

O Índice Geral de Preços (IGP) foi criado no final da década de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços que englobasse não apenas diferentes atividades, mas também etapas distintas do processo produtivo.

Assim, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

O IGP possui três versões: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

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