IGP-DI: inflação sobe 0,83% em julho puxada por commodities e gasolina
Índice acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% em 12 meses. Inflação não foi ainda mais expressiva devido à retração do preço de hortaliças
atualizado
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O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,83% em julho. No mês de junho, a taxa havia sido de 0,50%. Com este resultado, o índice acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% em 12 meses.
Em julho de 2023, o índice caíra 0,40% e acumulava queda de 7,47% em 12 meses.
“A taxa do índice ao produtor acelerou impulsionada pelo aumento dos preços de commodities agrícolas e minerais, além da alta no preço da gasolina. A taxa não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas” destacou o coordenador dos Índices de Preços, André Braz.
O especialista ainda explicou que o IPC avançou sob a influência da energia elétrica, devido à prática da bandeira amarela em julho, e da gasolina, após o reajuste no início do mês. “Por fim, o INCC manteve-se estável, embora os preços dos materiais e serviços tenham acelerado, enquanto o custo da mão de obra retrocedeu”, completou Braz.
Produtor Amplo
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,93% em julho. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,55%.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,41% em junho para -0,04% em julho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -0,23% para -5,83%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,17% em julho, contra alta de 0,50% em junho.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,45% em junho para 1,29% em julho. O principal responsável pelo avanço da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,30% para 1,01%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,13% em julho, superior a alta de 0,48%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,54% em julho, acelerando em relação a alta de 0,80% em junho. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (-2,66% para 1,34%), bovinos (-2,15% para 1,89%) e mandioca (-3,89% para -0,79%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: soja (2,69% para 0,59%), café em grão (11,73% para 5,64%) e cacau (20,10% para -1,59%).
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em julho. Em junho o índice variara 0,22%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-0,75% para 3,48%), Transportes (0,19% para 1,09%), Habitação (0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (0,44% para 1,84%) e Comunicação (-0,08% para 0,11%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-4,81% para 21,20%), gasolina (0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (-0,30% para 2,24%), serviços bancários (0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,36% para 1,39%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para -0,01%) e Vestuário (0,36% para -0,21%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,44% para -1,03%) e roupas (0,33% para -0,40%).
Custo da Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em julho, ante 0,71% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (0,38% para 0,71%), Serviços (0,20% para 0,71%) e Mão de Obra (1,23% para 0,74%).