IGP-10: inflação fica estável em fevereiro e vai a 2,26% em 12 meses
Com o resultado, índice de inflação medido pela FGV acumula alta de 0,07% nos dois primeiros meses de 2023
atualizado
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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou praticamente estável em fevereiro, registrando leve alta de 0,02%, ante 0,05% em janeiro.
Com o resultado, o índice acumula alta de 0,07% nos dois primeiros meses de 2023 e de 2,26% no período de 12 meses.
Em fevereiro do ano passado, o IGP-10 havia ficado em 1,98% e acumulava alta de 16,69% em 12 meses.
Segundo a pesquisa, as commodities e os insumos agropecuários continuam influenciando a desaceleração da inflação, com destaque para soja (de -1,13% para -3,34%), bovinos (de 2,40% para -2,51%) e adubos ou fertilizantes (de -3,05% para -6,19%).
Para o consumidor, os maiores destaques ficaram por conta dos preços no segmento de serviços: passagem aérea (de -0,15% para -3,86%), aluguel residencial (de -0,44% para -0,55%) e tarifa de telefone móvel (de 0,92% para -0,94%).
Inflação no Brasil
Segundo a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada na segunda-feira (13/2), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,79% – a projeção da semana passada era de 5,78%. É a 9ª semana consecutiva de alta.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,93% para 4%) e 2025 (de 3,5% para 3,6%).
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.
O Índice Geral de Preços
O IGP é a média ponderada de três índices de preços: IPA, IPC e INCC. O indicador revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para produtor, consumidor e construção civil.
O IGP foi criado no fim dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços no país, que englobasse não apenas diferentes atividades, mas também etapas distintas do processo produtivo. Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas contas nacionais.