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IGP-10: inflação em janeiro desacelera em todos os segmentos

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,05%; mercado esperava alta de 0,3%

atualizado

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Homem de costas olhando para prateleira de supermercado
1 de 1 Homem de costas olhando para prateleira de supermercado - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,05% em janeiro deste ano, abaixo das projeções do mercado.

Em dezembro de 2022, o indicador ficou em 0,36%. Segundo o consenso Refinitiv, a inflação em janeiro seria de 0,3%.

Com o bom resultado, o IGP-10 acumula uma alta de 4,27% em 12 meses, o que representa o menor percentual em mais de três anos, desde novembro de 2019 (3,33%).

A desaceleração da inflação em janeiro foi verificada em todos os componentes pesquisados. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve retração de 0,06% no primeiro mês do ano, ante uma alta de 0,31% em dezembro.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, subiu 0,47% em janeiro, menos do que no mês anterior (0,58%).

Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) avançou 0,14% no período, ante 0,36% de dezembro do ano passado.

Segundo o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a queda no preço dos combustíveis, especialmente a gasolina (-5,31%) e o diesel (-7,15%), puxaram o resultado geral do IGP-10 em janeiro.

Por outro lado, algumas commodities ao produtor se mantêm com preços em forte elevação, como o minério de ferro (+11,92%), bovinos (+2,4%), café (+5,23%) e feijão (+10,3%).

Inflação no Brasil

Segundo a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada na segunda-feira (16/1), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,39% – a projeção da semana passada era de 5,36%. É a quinta semana consecutiva de alta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também mantiveram a estimativa de inflação para 2024 (3,7%) e aumentaram a de 2025 (de 3,3% para 3,5%).

Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

O Índice Geral de Preços

O IGP é a média ponderada de três índices de preços: IPA, IPC e INCC. O indicador revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para produtor, consumidor e construção civil.

O IGP foi criado no fim dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços no país, que englobasse não apenas diferentes atividades, mas também etapas distintas do processo produtivo. Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas contas nacionais.

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