Ibovespa tomba mais de 1%; dólar fecha em queda, a R$ 5,19
Por volta das 16h30, na parte final do pregão, o Ibovespa recuava 1,14%, aos 103.736,73 pontos; dólar fechou em queda de 0,65%, a R$ 5,191
atualizado
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Em mais um dia de apreensão no mercado financeiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, opera com fortes perdas na tarde desta quarta-feira (1º/3), no primeiro pregão do mês.
No dia seguinte ao anúncio do governo da reoneração dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol, o mercado teme uma espécie de “interferência branca” na Petrobras, que ontem reduziu os preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras.
Nesta quarta, o Ministério de Minas e Energia pediu à Petrobras a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos para uma “reavaliação” da atual política energética. Esse pacote de medidas relacionadas à estatal acendeu o alerta dos investidores e pressionou a Bolsa.
Por volta das 16h30, já na parte final do pregão, o Ibovespa tombava 1,14%, aos 103.736,73 pontos.
Na máxima do dia, o índice foi a 105,4 mil pontos. Na mínima, recuou para 103,1 mil. O volume negociado no primeiro pregão de março é de R$ 24,7 bilhões.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,74%, aos 104,9 mil pontos. A Bolsa recuou 7% em fevereiro, seu pior mês desde junho de 2022.
Petrobras no centro das preocupações
Nesta quarta, as ações de empresas ligadas ao setor de petróleo mantêm a trajetória da véspera e operam em baixa. Os papéis preferenciais da Petrobras recuavam 4%, enquanto os da PetroRio tombavam 13% no fim da tarde.
O mercado financeiro reagiu mal à decisão da Petrobras de reduzir o preço da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. A medida foi interpretada como uma tentativa do governo de compensar a reoneração dos combustíveis.
Além do peso da defasagem de preços, a Petrobras ainda deverá pagar imposto para exportar o petróleo cru para o mercado externo. O tributo, que estava zerado, será de 9,2%, segundo anunciou o Ministério da Fazenda. Em números reais, a Petrobras deixará de lucrar algo como R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, em razão do tributo.
Dólar
O dólar fechou em queda de 0,65% na primeira sessão do mês, negociado a R$ 5,191, com o efeito positivo dos dados econômicos divulgados pelo governo da China. A atividade manufatureira do país asiático se expandiu além do esperado em fevereiro, no melhor resultado em uma década.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria da China avançou para 52,6, ante 50,1 em janeiro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do governo chinês. O resultado vem acima da marca de 50 pontos, o que indica expansão.
Na cotação máxima, a moeda foi a R$ 5,231. Na mínima, caiu para R$ 5,185.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,34%, negociado a R$ 5,225.
Com o resultado desta quarta, a moeda americana acumula queda de 0,11% nesta semana e de 1,62% no ano.