Ibovespa tem nova queda com PIB modesto da China; dólar vai a R$ 4,93
Principal índice da Bolsa, Ibovespa fechou o pregão abaixo dos 129 mil pontos, com pessimismo no exterior e influência negativa da Vale
atualizado
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, teve mais um dia negativo nesta quarta-feira (17/1), acompanhando o mau humor externo.
O indicador encerrou o pregão em baixa de 0,61%, abaixo dos 129 mil pontos (128.499,21), o menor patamar em mais de um mês. O resultado foi influenciado pela queda das ações da Vale, que recuaram 1,8%.
Na véspera, o Ibovespa recuou 1,69%, aos 129,2 mil pontos.
PIB da China frustra o mercado
Nesta quarta-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas do governo chinês informou que o PIB do país cresceu 5,2% em 2023.
O resultado veio ligeiramente acima da meta de 5% estipulada por Pequim, mas ficou abaixo das estimativas do mercado, que variavam entre 5,5% e 5,6%.
Na véspera, em discurso em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, já antecipava a expansão do país em 5,2% no ano passado.
No quarto trimestre do ano passado, ainda de acordo com os dados oficiais, a economia da China cresceu 1%, também dentro das estimativas dos analistas.
Em 2023, o PIB do país atingiu o recorde de 126,06 trilhões de yuans (cerca de US$ 17,71 trilhões), segundo informações da agência oficial de notícias Xinhua.
No Brasil, destaque para o varejo
No cenário doméstico, o mercado repercutiu os dados do comércio varejista referentes a novembro do ano passado, divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume de vendas do varejo cresceu 0,1% em novembro, na comparação com outubro de 2023.
Em relação a novembro do ano passado, as vendas do comércio varejista tiveram alta de 2,2%. No acumulado de 12 meses, a expansão foi de 1,5%.
O desempenho do varejo brasileiro em novembro veio em linha com as expectativas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava que houvesse uma alta mensal de 0,1% nas vendas. Já na base anual, a projeção era um crescimento de 2,1%.
Dólar sobe
O dólar, por sua vez, manteve a trajetória de alta desde o início da sessão.
A moeda americana terminou o dia com uma leve alta de 0,09%, negociada a R$ 4,93. Na máxima, chegou a R$ 4,95.
No dia anterior, o dólar registrou forte alta de 1,22%, cotado a R$ 4,925. Com o resultado desta quarta, acumula ganhos de 1,59% em 2024.