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Ibovespa sente gostinho dos 132 mil pontos, mas fecha o dia em queda

Investidores repercutem promulgação da reforma tributária e prévia do PIB, que registrou queda em outubro e veio abaixo das projeções

atualizado

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1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Em um dia movimentado no noticiário econômico doméstico, o Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão desta quarta-feira (20/12) em baixa, interrompendo uma sequência de três recordes consecutivos de pontuação para o fechamento.

O principal índice da Bolsa terminou a sessão com perdas de 0,79%, na casa dos 130 mil pontos (130.802,78).

Na máxima do dia, o indicador voltou a superar os 132 mil pontos (132.340,75, novo recorde intradiário), mas não resistiu à piora do humor em Wall Street e à realização dos lucros, o que conteve o efeito positivo da queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Na véspera, o Ibovespa fechou com ganhos de 0,59%, renovando a máxima histórica de pontuação pela terceira vez em menos de uma semana, aos 131.851 pontos.

Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula altas de 3,55% em dezembro e de 20,15% em 2023.

Como mostrou reportagem do Metrópoles, o principal índice da Bolsa de Valores do Brasil já havia batido seus recordes nominais na semana passada, renovando as máximas de pontuação tanto durante o pregão quanto no fechamento – reflexo da euforia dos investidores, que já começam a projetar mais ganhos em 2024. Segundo analistas e agentes do mercado, ainda há espaço para que o Ibovespa cresça mais no ano que vem.

Prévia do PIB e reforma tributária promulgada

Nesta manhã, os investidores repercutem os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que teve uma queda de 0,06% em outubro, na comparação com o mês anterior.

O resultado de outubro veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,1% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.

A prévia do PIB confirma um cenário de desaceleração da economia brasileira, já esperado pelos analistas, embora as projeções para o ano de 2023 tenham sido revisadas para cima.

Ainda nesta quarta, o mercado acompanhou a promulgação da reforma tributária no Congresso Nacional, em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Esperada há mais de 30 anos, a reforma tributária deve simplificar o complexo sistema de tributação vigente no país. A medida é apontada como uma das responsáveis pela decisão da S&P Global, uma das três principais agências de classificação de risco do mundo, de elevar a nota de crédito do Brasil (o chamado “rating”) de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável.

Juros nos EUA

No cenário externo, as atenções seguem voltadas para os Estados Unidos, com a expectativa do mercado em relação ao possível início do ciclo de cortes da taxa de juros americana, a partir do ano que vem.

Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), os juros ficaram inalterados pela terceira reunião consecutiva, no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano. O Fomc, por sua vez, indicou três possíveis reduções de 0,25 ponto percentual ao longo de 2024, o que significa uma queda de 0,75 ponto percentual dos juros americanos no ano que vem.

Entretanto, declarações de dirigentes do próprio Fed em sentido contrário têm preocupado os investidores e gerado dúvidas sobre uma efetiva redução dos juros na maior economia do mundo.

Dólar

O dólar, por sua vez, encerrou a sessão registrando alta de 0,96%, negociado a R$ 4,912.

No dia anterior, a moeda americana recuou 0,81%, cotada a R$ 4,854. Com o resultado, acumula baixas de 0,08% no mês e 6,94% no ano.

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