Ibovespa recua 1% na abertura do pregão
Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na B3, caía 0,94% às 10h40, aos 105.379,30 pontos
atualizado
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Principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa começou o pregão desta terça-feira (3/1), o segundo do ano, repetindo a trajetória de queda verificada na véspera.
Com os investidores ainda preocupados com as primeiras declarações e medidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na economia – como a prorrogação da isenção de tributos federais sobre os combustíveis –, o Ibovespa caía 0,94% às 10h40, aos 105.379,30 pontos.
Na máxima desses primeiros minutos de sessão, o índice chegou aos 106,6 mil pontos. A mínima foi de 105,1 mil pontos. O volume negociado na sessão até o momento é de pouco mais de R$ 2,6 bilhões.
No dia anterior, influenciado pelo derretimento das ações de estatais como Petrobras e Banco do Brasil, o Ibovespa despencou 3,06%, aos 106.376,02 pontos.
Dólar
Após oscilar no início da sessão, o dólar avançava 0,12% às 10h47, cotado a R$ 5,36 na venda, próximo da estabilidade.
Na máxima do dia, a moeda americana bateu nos R$ 5,40. A mínima foi de R$ 5,34.
O que preocupa o mercado
Os investidores seguem monitorando as decisões do novo governo na área econômica e estão atentos a eventuais declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O mercado reprovou a iniciativa do governo de retirar a Petrobras do programa de desestatização iniciado por Jair Bolsonaro. Além disso, a decisão de Lula de prorrogar a desoneração dos combustíveis também desagradou aos investidores.
Também há forte preocupação em relação à possível mudança na política de preços da Petrobras, hoje vinculada à flutuação dos valores no mercado internacional. Indicado por Lula para assumir a estatal, o senador Jean Paul Prates confirmou que a política de preços será modificada.
Em seu discurso de posse, Lula voltou a criticar o teto de gastos, que classificou como “estupidez”, e falou no Estado como indutor do crescimento econômico. O presidente também defendeu uma nova legislação trabalhista e afirmou que, assim como ocorreu em seus governos anteriores, vai incentivar o consumo para alavancar a economia.
Haddad tentou minimizar a fala de Lula e prometeu entregar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre deste ano, uma proposta de um novo arcabouço fiscal “que organize as contas públicas no longo prazo”.