Ibovespa oscila com temor sobre Petrobras e otimismo com a China
Às 11h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, cedia 0,06%, aos 104.873,65 pontos; mercado se preocupa com interferência na Petrobras
atualizado
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Principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa operava sem direção única no fim da manhã desta quarta-feira (1º/3), alternando ganhos e perdas, um dia após o anúncio do governo da reoneração dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol.
Às 11h10, o índice cedia 0,06%, aos 104.873,65 pontos.
Na máxima das primeiras horas de pregão, o Ibovespa foi a 105,4 mil pontos. Na mínima, caiu para 104,1 mil. O volume negociado até aqui é de R$ 6 bilhões.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,74%, aos 104,9 mil pontos. Com o resultado, a Bolsa recuou 7% no acumulado de fevereiro, seu pior mês desde junho de 2022.
Petrobras preocupa
Nesta quarta, as ações de empresas ligadas ao setor de petróleo mantêm a trajetória da véspera e operam em baixa. Os papéis preferenciais da Petrobras recuavam 5,4%, enquanto a PetroRio tombava 13%.
O mercado financeiro reagiu mal à decisão da Petrobras de reduzir o preço da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. A medida foi interpretada como uma tentativa do governo de compensar a reoneração dos combustíveis.
Além do peso da defasagem de preços, a Petrobras ainda deverá pagar imposto para exportar o petróleo cru para o mercado externo. O tributo, que estava zerado, será de 9,2%, segundo anunciou o Ministério da Fazenda. Em números reais, a Petrobras deixará de lucrar algo como R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, em razão do tributo.
A medida também alcançará outras empresas de petróleo brasileiras que vendem para o exterior. Na terça-feira, as ações da PetroRio e da 3R Petróleo na Bolsa de Valores caíram 9% e 7%, respectivamente.
Dados positivos da China
No cenário externo, os investidores repercutem índices sobre a atividade manufatureira da China, que se expandiu além do esperado em fevereiro, no melhor resultado em uma década.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria da China avançou para 52,6, ante 50,1 em janeiro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do governo chinês. O resultado vem acima da marca de 50 pontos, o que indica expansão.