Ibovespa inverte sinal e sobe com cenário externo; dólar vai a R$ 5,05
Depois de abrir o último pregão de outubro em baixa, o Ibovespa passou a operar com ganhos, recuperando os 113 mil pontos. Dólar também sobe
atualizado
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Depois de abrir o último pregão de outubro em baixa, o Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, mudou o sinal e passou a operar com ganhos no início da tarde desta terça-feira (31/10).
Por volta das 12h15, o índice avançava 0,76%, recuperando os 113 mil pontos (113.387,17).
Na véspera, o Ibovespa fechou com perdas de 0,68%, aos 112,5 mil pontos. Com o resultado, acumula queda de 3,46% em outubro e alta de 2,55% em 2023.
Apesar da preocupação do mercado com a questão fiscal, principalmente após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem o governo não deve conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2024, a Bolsa vem sendo puxada por boas notícias no cenário externo.
O destaque do dia são os dados de inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. Em outubro, a inflação no bloco foi de 2,9%, na base de comparação anual, desacelerando pelo sexto mês consecutivo.
Em relação ao PIB, houve um recuo de 0,1% no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o trimestre anterior. Na base anual, a alta foi de 0,1%.
“Superquarta”
O principal destaque da semana continua sendo a “superquarta”, com reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).
No Brasil, a Selic está em 12,75% ao ano, após duas reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual. A maioria dos analistas projeta uma nova queda de 50 pontos-base, para 12,25% ao ano.
Já nos EUA, o mercado espera a manutenção dos juros básicos no patamar atual. No último encontro, o Fomc manteve a taxa de juros no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – o maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.
A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.
Desemprego
No cenário doméstico, os investidores repercutem os dados de desemprego divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 7,7% no trimestre encerrado em setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua
O desemprego recuou um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 8,7%. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015.
A população desocupada (8,3 milhões) recuou tanto na comparação trimestral (-3,8%) quanto na anual (-12,1%).
Já a população ocupada (99,8 milhões) cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 0,6%, na comparação com o mesmo período de 2022. É o maior contingente de ocupados desde o início da série histórica, em 2012.
Dólar
O dólar, por sua vez, operava em alta desde o início da sessão desta terça, embora a aceleração tenha perdido força.
Às 12h17, a moeda americana avançava 0,1% e era negociada a R$ 5,052.
No dia anterior, o dólar teve alta de 0,69%, cotado a R$ 5,047. Com o resultado, acumula ganhos de 0,41% no mês e perdas de 4,37% no ano.