metropoles.com

Ibovespa dispara com trégua da inflação nos EUA e bate 122 mil pontos

Por volta das 11h10, Ibovespa avançava 1,66%, na faixa dos 122 mil pontos. Dólar caía 1,14% e era negociado a R$ 4,852

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Cris Faga/NurPhoto via Getty Images
Imagem colorida do painel da Bolsa de Valores de São Paulo
1 de 1 Imagem colorida do painel da Bolsa de Valores de São Paulo - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

O mercado financeiro reagiu positivamente à divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, nesta terça-feira (14/11).

Pouco depois de os números serem divulgados, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, engatou forte alta, refletindo o otimismo dos investidores em relação a um possível alívio da política monetária na maior economia do mundo.

Por volta das 11h10, o indicador avançava 1,66%, na faixa dos 122 mil pontos (122.409,12).

No dia anterior, o Ibovespa fechou em leve queda de 0,13%, aos 120,4 mil pontos. Com o resultado, acumula ganhos de 6,42% no mês e de 9,73% no ano.

Inflação dá trégua nos EUA

O grande destaque do dia é a inflação nos EUA. De acordo com dados divulgados mais cedo pelo Departamento do Trabalho do governo americano, o índice ficou em 3,2%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) havia ficado em 3,7%, mesmo resultado de agosto.

O resultado veio praticamente em linha com as estimativas da maioria dos analistas, que giravam em torno de 3,3% na base anual.

Já na base mensal, em relação a setembro deste ano, a inflação americana ficou estável, com variação nula, ante 0,4% do mês anterior. A projeção do mercado era uma leve alta de 0,1%.

A inflação nos EUA continua como foco de preocupação do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), responsável pela definição da taxa básica de juros no país.

O dado de inflação de outubro era aguardado com expectativa pelos investidores porque serve como base para o Fed definir os próximos passos da taxa de juros no país. A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, os juros básicos foram mantidos no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano, o maior nível em 22 anos.

Nas últimas 14 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em três.

Serviços em queda no Brasil

No cenário doméstico, os investidores repercutem o resultado do setor de serviços no Brasil, que recuou 0,3% em setembro deste ano, na comparação com agosto, de acordo com dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação anual, em relação a setembro do ano passado, os serviços recuaram 1,2%, interrompendo uma sequência de 30 taxas positivas consecutivas nessa base de comparação.

O resultado mensal veio pior do que as estimativas do mercado – a maioria dos analistas esperava uma alta de 0,3%. Na comparação anual, a expectativa era crescimento de 0,5%.

Analistas consultados pelo Metrópoles afirmam que o resultado do setor de serviços em setembro indica um cenário de desaceleração da atividade econômica do país.

“Os últimos resultados da produção industrial, do varejo e dos serviços corroboram nossa visão de que veremos uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre. Nossa previsão é que teremos uma contração de 0,1% no PIB do terceiro trimestre. Para 2023 e 2024, nossa projeção para o crescimento do PIB é de 3% e 1,5%, respectivamente, ambas com viés de baixa”, afirma Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Para Maykon Douglas, economista da Highpar, a “fotografia” do setor de serviços, ao fim do terceiro trimestre, é “pior do que a do trimestre anterior”.

“Embora venha de bases de comparação historicamente altas, o setor começa a sentir mais os efeitos dos juros contracionistas e corrobora o cenário de atividade mais fraca nesta terceira parte do ano. O movimento é esperado, mas a um valor pior que as projeções”, afirma Maykon.

Dólar

Em movimento oposto ao da Bolsa, o dólar operava em forte queda na manhã desta terça-feira.

Às 11h15, a moeda americana recuava 1,14% e era negociada a R$ 4,852. Na mínima do dia até aqui, o dólar foi vendido a R$ 4,849.

Na véspera, a moeda teve baixa de 0,14%, cotada a R$ 4,907. Com o resultado, acumula perdas de 2,63% em novembro e de 7,01% em 2023.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?