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Taxa de desemprego cai em 15 estados no segundo trimestre, aponta IBGE

Percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,6%, a maioria deles em Santa Catarina, Paraná e São Paulo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mão segurando carteira de trabalho e pessoas passando ao fundo, desfocadas
1 de 1 Mão segurando carteira de trabalho e pessoas passando ao fundo, desfocadas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A taxa de desemprego recuou em 15 das 27 unidades da federação no segundo trimestre deste ano, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice medido entre os meses de abril e junho foi de 6,9%, recuando 1,0 ponto percentual ante o primeiro trimestre deste ano (7,9%) e caindo 1,1 ponto frente ao mesmo trimestre de 2023 (8,0%).

Além das 15 unidades da federação com quedas nessa taxa, as outras 12 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador. As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, “a queda da taxa de desocupação em nível nacional no segundo trimestre de 2024 também foi observada regionalmente, sendo os destaques Piauí e Bahia, onde a retração foi superior a dois pontos percentuais”.

“Vale ressaltar que nos estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade. Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024”, afirma Adriana.

Mulheres e pretos

O levantamento feito por gênero mostra que a desocupação foi de 5,6% para os homens e de 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).

Carteira assinada

No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,6%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,0%), Paraná (81,6%) e São Paulo (80,5%) e os menores, no Piauí (50,1%) Maranhão (52,4%) e Paraíba (54,7%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,1%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (34,6%), Amapá (32,1%) e Maranhão (31,2%) e os menores, do Distrito Federal (19,1%), Mato Grosso do Sul (19,9%) e Goiás (21,6%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.214, crescendo em relação ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.158) e frente ao segundo trimestre de 2023 (R$ 3.037). Entre as grandes regiões, no trimestre, o rendimento cresceu no Sul (R$ 3.528) e no Nordeste (R$ 2.238), permaneceu estatisticamente estável nas demais. Na comparação anual, houve altas no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627) com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).

Informalidade

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%). Para a analista do IBGE, “As regiões Norte e Nordeste possuem taxas de informalidade maiores que a média nacional. Isso decorre da maior presença de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e, mesmo entre os empregados, de uma menor cobertura da carteira assinada”.

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

No primeiro trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 16,4%. Piauí (33,0%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).

No segundo trimestre de 2024, havia 1,7 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 17,3% frente ao segundo trimestre de 2023, quando 2,0 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro tri de 2024 foi de 2,9%. Maranhão (11,1%), Alagoas (9,5%) e Piauí (8,8%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%), Mato Grosso (0,8%), Paraná e Rondônia (0,9%, ambos).

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