Hurb pede mais 72 horas para provar que tem condição de honrar pacotes
Prazo dado pela Senacon, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, terminaria à meia-noite desta quinta-feira (4/5); Hurb pediu prorrogação
atualizado
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A agência de viagens Hurb (ex-Hotel Urbano) pediu à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) mais 72 horas de prazo para comprovar que tem condições financeiras de honrar as vendas de pacotes de viagem aos clientes.
O prazo estabelecido pela Senacon, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, terminaria à meia-noite desta quinta-feira (4/5).
A secretaria do governo federal aceitou o pedido de prorrogação. O novo prazo se encerra na segunda-feira (8/5).
No dia 24 de abril, a Senacon abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta da Hurb – nesse caso, o prazo para a manifestação da empresa é de 20 dias.
A medida foi tomada depois de o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) encaminhar um relatório à Senacon a respeito da venda de pacotes de viagens por parte da empresa durante a pandemia de Covid-19.
De acordo com o DPDC, a Hurb vendeu pacotes “sem se preocupar em reunir condições efetivas ou lastro financeiro para cumprimento das suas obrigações contratuais correspondentes”.
Nas últimas semanas, por causa de atrasos ou falta de pagamento da plataforma, vários hotéis e pousadas suspenderam reservas feitas pela Hurb. O fato levou a que clientes relatassem problemas com reservas, voos e hospedagens. O fundador e CEO da empresa, João Ricardo Mendes, renunciou ao cargo na semana passada.
A empresa também é alvo de uma ação civil pública apresentada pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci) junto à na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O órgão pede o bloqueio judicial das contas bancárias da empresa e de seus sócios e acionistas administradores, com o objetivo de garantir o pagamento de indenizações para os consumidores que se sentiram lesados.