Haddad: “Quem faz a política de preços da Petrobras é a Petrobras”
Na avaliação de Fernando Haddad, a Petrobras não deixará de considerar os preços internacionais do petróleo: “Brasil importa derivados”
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta quinta-feira (18/5) as declarações que fez, na véspera, sobre a política de preços dos combustíveis definida pela Petrobras.
Nesta semana, a companhia anunciou o fim do atual modelo do Preço de Paridade de Importação (PPI), que vincula as tarifas à flutuação do valor praticado no mercado internacional. A Petrobras também reduziu os preços da gasolina, do diesel e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vendido às distribuidoras.
Na quarta-feira (17/5), ao comentar a decisão da Petrobras, Haddad disse que a estatal ainda teria margem para reduzir mais os preços dos combustíveis e compensar a reoneração feita pelo governo. “Nós não baixamos tudo que podíamos”, disse, na ocasião.
“Hoje, levando em consideração a paridade internacional de preços, se você verificar, o espaço que havia para reduzir o preço dos combustíveis era maior do que o anunciado”, afirmou Haddad em entrevista coletiva no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.
Na avaliação do ministro da Fazenda, a Petrobras não deixará de considerar os preços internacionais do petróleo.
“O próprio presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) deixou claro que não vai desconectar do preço internacional, até porque o Brasil importa derivados”, disse o ministro. “Quem faz a política de preços da Petrobras é a Petrobras”, concluiu Haddad.