Haddad diz que regra fiscal pode diminuir “ruído” entre BC e governo
“Minha parte é fazer o melhor papel possível para aproximar a autoridade do Banco Central do governo”, afirmou Fernando Haddad em São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (31/3), após uma série de reuniões no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, que tem se esforçado para tentar “aproximar” o Banco Central (BC) do governo federal.
Nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, por causa da taxa básica de juros da economia, hoje em 13,75% ao ano – percentual considerado muito alto pelo governo.
“A minha parte é fazer o melhor papel possível para aproximar a autoridade do BC do governo, para que se comporte como uma agência do Estado brasileiro, apartidária, que não se envolve em política e ajuda a construir um cenário econômico melhor para os investidores”, afirmou Haddad.
Questionado sobre a reação de Campos Neto à proposta do novo arcabouço fiscal, anunciada na quinta-feira (30/3) – o presidente do BC elogiou a “boa vontade” do Ministério da Fazenda em fazer um arcabouço “robusto” –, Haddad disse que o projeto pode ajudar na pacificação das relações entre o BC e o Executivo.
“Ele (Campos Neto) foi apresentado ao arcabouço e reagiu a ele com pouquíssimas ressalvas. Eu penso que, quando o texto for entregue ao Congresso, esse tipo de ruído vai desaparecer do cenário”, concluiu.