Haddad diz que cumprimento da meta fiscal também depende do Congresso
Ministro manifestou-se sobre o tema um dia depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmar que Legislativo respeita acordos políticos
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (6/2), que o cumprimento da meta de déficit fiscal para este ano não está apenas nas mãos do governo federal. “O resultado primário não vem por passe de mágica. Depende de vários setores. Entre eles, a apreciação de medidas que o governo mandou para o Congresso”, afirmou o ministro durante conferência realizada pelo BTG Pactual, em São Paulo. “Era a meta de governo; hoje, é do país”, acrescentou.
A meta fiscal para 2024 é de déficit zero. O governo, portanto, comprometeu-se a gastar apenas o que arrecada. Agentes do mercado, contudo, não acreditam que o alvo será atingido. Eles projetam um déficit que pode ficar entre 0,5% e 1%.
A manifestação de Haddad ocorreu no dia seguinte à declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que defendeu que o Orçamento “não é, e nem pode ser, de autoria exclusiva do Executivo”.
No discurso de abertura do ano legislativo, Lira mandou um recado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio ao descontentamento de parlamentares com cortes no pagamento de emendas do Orçamento, ele afirmou que o Congresso respeita os acordos políticos e cobrou do governo compromisso com “a palavra dada”.