Haddad diz que Brasil pode voltar a crescer “acima da média mundial”
Em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ainda que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até 2 anos
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (17/1), ao participar de um painel sobre a economia brasileira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que o país pode crescer “acima da média mundial” em um futuro próximo, caso algumas medidas estruturais sejam implementadas – como a aprovação da reforma tributária, por exemplo.
Haddad esteve ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um debate sobre as perspectivas para o país sob o novo governo.
“O superávit primário foi corroído ao longo da última década, sobretudo a partir da crise política de 2013 que veio a resultar no impeachment de 2016. A gente está pretendendo que despesas e receitas voltem ao mesmo patamar pré-crise da pandemia”, disse Haddad.
“Se conseguirmos isso em dois anos, a gente consegue zerar o déficit. Isso vai ser mais fácil se aprovarmos a reforma tributária que tramita no Congresso Nacional com o apoio do governo Lula”, prosseguiu o ministro da Fazenda.
Durante sua participação no painel, Haddad afirmou ainda que o governo vai “conseguir equilibrar as contas a partir do ano que vem, com uma série de medidas no plano regulatório, no crédito, com a transição ecológica e a integração regional”.
“Se nós tivermos a agenda correta, com um pressuposto de contas equilibradas, o Brasil voltará a crescer acima da média mundial. Precisamos voltar a essa meta, como aconteceu nos oito anos do governo Lula”, disse. Na sequência, a mediadora do debate disse a Haddad que se tratavam de “metas ambiciosas”.
Mais cedo, como noticiado pelo Metrópoles, o ministro da Fazenda afirmou que o mercado financeiro já está “menos tenso” em relação às perspectivas econômicas do país e à política fiscal que deve ser adotada pelo novo governo.
Também nesta terça, em conversa com jornalistas, Haddad reiterou que deve encaminhar ao Congresso até abril uma proposta de novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos.