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Haddad confirma na Fazenda secretários que atuaram em sua equipe de SP

Rogério Ceron será secretário do Tesouro Nacional e Robinson Barreirinhas assumirá a secretaria de Receita Fiscal do Ministério da Fazenda

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Haddad anuncia em coletiva de imprensa os nomes que atuarão no Ministério da Fazenda a partir de 1° de Janeiro de 2023 - Metropoles
1 de 1 Haddad anuncia em coletiva de imprensa os nomes que atuarão no Ministério da Fazenda a partir de 1° de Janeiro de 2023 - Metropoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou dois nomes que participaram da sua gestão frente à cidade de São Paulo para compor o segundo escalão da pasta no novo governo Lula. Rogério Ceron será secretário do Tesouro Nacional e Robinson Barreirinhas assumirá a secretaria de Receita Fiscal.

Ceron foi secretário de finanças municipal de São Paulo no último ano em que Haddad esteve na prefeitura. Antes disso, ele foi subsecretário do Tesouro Nacional, à época em que Dilma Rousseff ocupava a Presidência da República.

Servidor público de carreira, ele é mestre em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como secretário de finanças de São Paulo, Ceron teria sido um dos responsáveis por renegociar a dívida municipal com o governo central, o que teria gerado um alívio de R$ 30 bilhões para o caixa da prefeitura.

“São Paulo hoje é credor líquido [da União]. O Rogério Ceron transformou uma cidade quebrada numa cidade credora. Eu não podia deixar de considerá-lo para a Secretaria do Tesouro”, disse Haddad, na coletiva em que anunciou os ministros.

Antes de ser indicado, Ceron era presidente da SP Parcerias, órgão municipal responsável por administrar as Parcerias Público-Privadas (PPP) da cidade.

No Tesouro, sua principal tarefa será participar das discussões sobre a equalização de despesas do próximo governo. Com um orçamento deficitário, a equipe de transição aprovou uma PEC que avalizou despesas de R$ 168 bilhões fora do teto de gastos, principal regra fiscal vigente no país.

Em governos petistas anteriores, o Tesouro teve o papel de “abrir o caixa” para o custeio de políticas de fomento e subsídio. Foi com recurso do Tesouro, por exemplo, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) custeou a política de juros abaixo do mercado para as “campeãs nacionais”.

Embora boa parte dessas políticas sejam articuladas com outras secretarias e com o próprio Congresso, caberá ao futuro secretário equilibrar a discussão, do ponto de vista de sustentabilidade do caixa federal.

Receita Fiscal

Já Robinson Barreirinhas fez carreira como auditor fiscal municipal por mais de duas décadas. Até 2015, o advogado especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET-SP) foi procurador-geral da cidade. No mesmo ano, ainda sob a gestão de Haddad, ele assumiu o posto de secretário municipal de Negócios Jurídicos.

Na coletiva em que nomeou Barreirinhas, Haddad ponderou que, embora tenha feito carreira em âmbito municipal, o advogado comprometeu-se a formar uma equipe de secretários-adjuntos vindos da carreira de auditores fiscais federais.

Para afagar a classe, que tem um importante peso no funcionalismo público, o futuro ministro da Fazenda disse que discutirá a aplicação do bônus de eficiência para o segmento, pleito defendido há 5 anos pelos auditores.

Barreirinhas dividirá com Bernard Appy a tarefa de discutir a reforma tributária, defendida como essencial em discursos recentes de Haddad. Appy é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe mudanças no sistema de impostos.

O texto, que está parado na Câmara, deve ser encampado pela equipe de Lula como projeto oficial de reforma tributária do próximo governo.

Além de Appy, outros nomes anunciados nos últimos dias foram os de Gabriel Galípolo, que será o número dois de Haddad, ocupando a secretaria executiva da Fazenda, e Anelize de Almeida para a Procuradoria-Geral da Fazenda.

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O economista Gabriel Galípolo
O economista Bernard Appy virou secretário especial para reforma tributária do Ministério da Fazenda
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O economista Gabriel Galípolo

Reprodução/Casa do Saber
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Filipe Scotti/FIESC

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