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Haddad: “Atividade econômica do 3º trimestre preocupa”

Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC), recuou 0,77% em agosto, o que indica desaceleração da economia

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Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Oposição ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa
1 de 1 Oposição ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa - Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu nesta sexta-feira (20/10) que a desaceleração da atividade econômica do Brasil preocupa o governo federal.

Mais cedo, o Banco Central (BC) divulgou o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou queda de 0,77% em agosto, comparado ao mês anterior.

O resultado de agosto veio pior do que o esperado pelos analistas, que projetavam um recuo de 0,3% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.

“Eu venho dizendo, desde o primeiro trimestre, quando saiu o resultado do PIB, que nós estávamos com uma desaceleração forte. Eu dizia que o Brasil cresceria mais de 2% e que a inflação, que estava projetada para 6%, seria mais perto de 5%. Essas projeções da Fazenda do início do ano estão se confirmando”, afirmou Haddad, que concedeu entrevista coletiva no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.

“Temos de ter muita atenção com a atividade econômica. A atividade econômica do terceiro trimestre preocupa. Isso já vem sendo sinalizado pela Fazenda desde o início do ano”, alertou o ministro. “Temos de conciliar a política monetária com a política fiscal para produzir o melhor resultado. Nós estamos em diálogo permanente com o BC. Temos uma relação institucional desde o início do ano que nunca foi abalada.”

Haddad ponderou, no entanto, que os indicadores de inflação no Brasil estão “convergindo para a meta”.

“Estamos preocupados com o nível de atividade, sobretudo no terceiro trimestre, sabendo que a inflação está convergindo para a meta. Fico confortável por saber que a inflação será menor, mas temos de fazer a melhor trajetória possível para compor o balanço mais adequado para a economia brasileira”, concluiu.

Segundo a última edição do Relatório Focus, do BC, o PIB do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,92%, mesma estimativa da semana anterior.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira se manteve em 1,5%. A estimativa para 2025 segue em 1,9%.

No segundo trimestre de 2023, o PIB do Brasil surpreendeu positivamente e teve crescimento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior. No primeiro trimestre, a alta foi de 1,8%.

Índice de Atividade Econômica

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador que serve como parâmetro e tenta “antecipar” o resultado do PIB do país. O cálculo do IBC-Br também auxilia a autoridade monetária a definir a meta da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Esse indicador econômico incorpora estimativas de crescimento para os setores agropecuário, industrial e de serviços, acrescidas dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção e importações).

Antes divulgado segmentado por estados e por regiões, o IBC-Br é, atualmente, calculado nacionalmente.

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