Haddad anunciará novos nomes para a Fazenda nesta semana
Futuro ministro da Fazenda desembarca em Brasília na segunda-feira (19/12) e pode anunciar nomes para três secretarias da pasta
atualizado
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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve começar a semana anunciando novos nomes para compor sua equipe no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A interlocutores, Haddad tem dito que já definiu os futuros chefes de três secretarias da pasta: Política Econômica, Tesouro Nacional e Receita Federal.
Embora ainda não haja confirmação oficial, o petista deve conceder uma entrevista coletiva na segunda-feira (19/12), em Brasília. Haddad passa o fim de semana em São Paulo e chegará à capital federal na segunda.
Um dos nomes mais cotados é o do economista Guilherme Mello, que deve ocupar a Secretaria de Política Econômica do ministério.
Professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mello foi um dos formuladores de propostas da campanha de Lula para a economia durante as eleições. Ele faz parte do grupo técnico da área no governo de transição e é próximo de Haddad.
O nome de Mello também é cogitado para ocupar algum cargo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será presidido pelo ex-ministro petista Aloizio Mercadante. Mas a maior possibilidade é que o economista seja mesmo secretário de Política Econômica da Fazenda.
Para o Tesouro, o atual secretário estadual da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, chegou a ser especulado – mas ele sofre resistências dentro do PT, por integrar a administração do governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB). Salto conta com o apoio do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Quem já foi anunciado
Na semana passada, Haddad anunciou os dois primeiros nomes de sua equipe no Ministério da Fazenda. O economista Gabriel Galípolo será o secretário-executivo da pasta, o número 2 de Haddad.
Formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Galípolo é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele atuou no mercado financeiro por muitos anos, e presidiu o Banco Fator até 2021.
Bernard Appy, por sua vez, vai comandar uma secretaria especial que tocará a reforma tributária – considerada “prioridade total” do futuro governo.
Appy foi secretário-executivo e secretário de Política Econômica durante a gestão de Antonio Palocci na Fazenda (2003-2006), no primeiro mandato de Lula, e em parte da gestão de Guido Mantega, até 2008. Ele tem boa relação com Lula e Haddad e também agrada ao mercado.