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Guerra na Fiesp: oposição afirma que assumiu entidade; presidente nega

Situação diz que assembleia que destituiu presidente do cargo na segunda (16/1) foi “clandestina”, mas opositores indicam interino

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Imagem colorida da fachada do prédio da Fiesp com logotipo das entidades- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da fachada do prédio da Fiesp com logotipo das entidades- Metrópoles - Foto: Reprodução

A crise política na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) atingiu um ponto insólito na tarde desta sexta-feira (20/1). O grupo de oposição ao atual presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, emitiu nota informando que Elias Miguel Haddad, um dos vice-presidentes da Fiesp, havia assumido a presidência interina da instituição. O comunicado foi assinado por Ronaldo Koloszuk Rodrigues, que é o segundo diretor secretário da instituição.

Por volta das 20 horas, contudo, o presidente Josué Gomes da Silva, disparou um “contracomunicado”, contestando a história. No texto, informa que recebeu a notícia da posse interina “com absoluta surpresa”. Define a atitude como “isolada, desproporcional e irresponsável”, que pode provocar “riscos econômicos, jurídicos e trabalhistas” para a entidade.

O fato é que a disputa política na Fiesp ganhou proporções inusitadas na segunda-feira (16/1). Na ocasião, foi realizada uma assembleia dos representantes dos sindicatos patronais da indústria paulista. Silva respondeu a uma série de questionamentos. Depois disso, foi embora acompanhado por aliados.

Os opositores, contudo, deram continuidade ao encontro e decidiram pela destituição do atual presidente do cargo por 47 votos a 1. A situação, contudo, não reconhece a reunião como legítima, pois ela não teria o objetivo de pôr o mandato de Silva em discussão, muito menos seu resultado. No comunicado de ontem, assinado por Silva, ela é classificada como uma “assembleia clandestina”.

Na mesma nota, Silva adverte que os responsáveis pelos atos da tarde desta sexta-feira “sofrerão consequências administrativas, trabalhistas e eventualmente em outras esferas, servindo a presente notificação para ciência inequívoca da ilegalidade dos atos praticados”.

Em contrapartida, a nota oposição, sobre a posse interina de Elias Miguel Haddad, informa: “O ato ocorre após decisão da Assembleia Geral Extraordinária, convocada por meio de edital regular a pedido da maioria absoluta do Conselho de Representantes, que, após ouvir os argumentos de defesa e os rejeitar, deliberou pela destituição de Josué Gomes do cargo, na última segunda-feira (16)”.

Por volta das 21 horas desta sexta, mais uma nota somou-se as anteriores, numa espécie de festival de comunicados. Dessa vez, mais de 50 integrantes do Conselho Superior Jurídico da Fiesp expressaram seu apoio a Silva. No texto, manifestaram “preocupação com as tentativas de deposição da presidência por alegações fúteis que parecem ocultar propósitos de mera disputa de poder”.

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