Guerra afeta petróleo e pode levar a “tempestade perfeita”, diz Prates
Para Jean Paul Prates, da Petrobras, acirramento da guerra no Oriente Médio pode levar a uma “tempestade perfeita” no mercado de óleo e gás
atualizado
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (18/10) que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, já impactou os preços internacionais do petróleo, embora os efeitos sobre o Brasil ainda não sejam tão profundos.
Segundo Prates, no entanto, um acirramento do conflito pode levar a uma “tempestade perfeita” no mercado de óleo e gás, com consequências em todo o mundo.
“Do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, por enquanto, não há indício de que haverá alastramento disso para países como Irã, Egito e outros países produtores”, disse o presidente da Petrobras.
“[O preço do petróleo] Já está afetado. Piorar mais (a guerra) seria a tempestade perfeita”, completou Prates.
Ainda de acordo com o presidente da Petrobras, a cotação atual do petróleo, negociado na casa de US$ 91 o barril (tipo Brent), é alta, “mas isso não tem a ver, necessariamente, com o conflito em si”. “Já havia uma inflação estrutural acontecendo”, afirmou Prates.
Segundo o comandante da Petrobras, que tem conversado com representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a busca neste momento é por uma solução pacífica que impeça o alastramento da guerra pelo Oriente Médio.
As declarações de Prates foram dadas depois de uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, que visita o Brasil.
“O Brasil é importante, tem recursos naturais abundantes, está fazendo transição energética e é capaz de dar exemplo. Temos estreitado as relações”, concluiu Prates.