Governo volta a pedir para Petrobras reavaliar venda de ativos
A mesma solicitação já havia sido feita no início do mês, quando o governo pediu a suspensão do programa de desinvestimentos da Petrobras
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério de Minas e Energia voltou a pedir à Petrobras que reavalie seu programa de venda de ativos, após a eleição da nova diretoria executiva da companhia.
A mesma solicitação já havia sido feita no início do mês, quando a pasta pediu a suspensão do programa de desinvestimentos da estatal por 90 dias. Na ocasião, a Petrobras rejeitou o pedido.
A resposta foi dada ao governo no dia 17 de março, antes da eleição da nova diretoria da companhia, comandada pelo ex-senador petista Jean Paul Prates.
Os mandatos dos novos dirigentes da Petrobras têm início nesta quarta-feira (29/3) e vão até o dia 13 de abril de 2025.
“O pedido de reexame da questão dos desinvestimentos a partir da eleição da nova diretoria executiva, indicada pelo atual presidente da Petrobras, se justifica para que sejam preservados os interesses nacionais, respeitando-se as regras de governança da companhia”, afirmou o Ministério de Minas e Energia, em nota.
“O ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), considerando que as análises realizadas foram preliminares, bem como a nova composição da diretoria executiva, eleita cinco dias após a deliberação, solicitou que o presidente da Petrobras adote as providências necessárias para melhor avaliação do tema”, continua o texto.
Também nesta quarta, a Petrobras divulgou uma nota na qual afirma que “a nova administração da companhia irá analisar tal solicitação, de acordo com as suas regras internas de governança”.
Entre os negócios que podem ser afetados com uma eventual revisão dos contratos, estão as vendas das refinaria Lubnor, no Ceará, para a Grepar Participações; de campos terrestres no Rio Grande do Norte (Polo Potiguar) para a 3R Petroleum; dos polos Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy; e dos campos de Pescada, Arabaiana e Dentão, na Bacia Potiguar, para 3R.