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Governo oficializa Bernard Appy como secretário da reforma tributária

A nomeação do economista Bernard Appy foi publicada na edição desta terça-feira (24/1) do Diário Oficial da União

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Bernard Appy - Foto: Filipe Scotti/FIESC

Mais de um mês depois de ter sido anunciado para integrar o primeiro escalão do Ministério da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o economista Bernard Appy foi finalmente nomeado para o cargo de secretário extraordinário da reforma tributária.

A nomeação está publicada na edição desta terça-feira (24/1) do Diário Oficial da União (DOU).

O documento traz ainda as nomeações de Gustavo Sampaio de Arrochela Lobo e Miguel Ragone de Mattos para os cargos de diretores de Programa da Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda e de Ana Maria Melo Netto Oliveira como subsecretária de Reformas Estruturais e Análise Econômica do Direito da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda.

Quem é Bernard Appy

Bernard Appy, de 60 anos, é um nome que agrada tanto ao mercado quanto a Lula e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Appy foi secretário-executivo e secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda durante a elogiada gestão de Antonio Palocci (2003-2006), no primeiro mandato de Lula, e em parte da gestão de Guido Mantega, até 2008. Ele tem boa relação com Haddad.

O retorno de Appy ao governo federal é um claro sinal de que o futuro ministro pretende levar adiante a reforma tributária, discutida há pelo menos 15 no Congresso Nacional. O projeto em estágio mais avançado no Parlamento é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, na Câmara dos Deputados, idealizada por Appy.

O texto prevê, entre outros pontos, a extinção de diversos tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre bens e serviços, como ICMS, IPI, ISS, PIS e Cofins. Essas taxas seriam substituídas por um único tributo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ou Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O objetivo é simplificar a cobrança, diminuindo a incidência sobre o consumo e levando à uniformidade da tributação em todo o país.

Em entrevista ao Metrópoles, em novembro, Bernard Appy defendeu a necessidade de o governo Lula aprovar a reforma tributária já nos primeiros meses de mandato.

Formado em 1985 na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Bernard Appy fez mestrado em economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), concluído em 1988.

O economista iniciou sua trajetória profissional como pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), no fim dos anos 1980.

No início da década de 1990, Appy foi assessor econômico do PT – quando teve o primeiro contato com Lula – e pesquisador do Instituto de Economia do Setor Público (IESP).

Em 1995, ele montou seu primeiro negócio, a LCA Consultores, na qual ficou como sócio até 2002. No fim daquele ano, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais, Appy assumiu um posto na equipe de transição.

Depois de encerrar sua participação no governo Lula, Appy assumiu a função de diretor de pesquisa e projetos de negócio da Bolsa de Valores de São Paulo.

Em 2011, voltou para a LCA, desta vez como diretor de políticas públicas e tributação, cargo que ocupou por três anos.

Em 2015, Bernard Appy se tornou diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).

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