Google, Amazon e IBM cobram funcionários a voltarem aos escritórios
Funcionários e colaboradores da Amazon receberam e-mails nesta semana nos quais foram repreendidos por faltarem ao trabalho presencial
atualizado
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Funcionários de algumas das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos – como Google, Amazon e IBM – vêm sendo cobrados, nos últimos dias, para que retornem ao trabalho presencial, nos escritórios.
Segundo reportagem publicada pela Bloomberg, funcionários e colaboradores da Amazon receberam e-mails nesta semana nos quais foram repreendidos por não cumprirem as determinações da companhia de trabalho presencial três dias por semana.
Comportamento semelhante tem sido adotado em outras empresas. O CEO da IBM, Arvind Krishna, afirmou recentemente que os funcionários que não comparecem aos escritórios dificilmente serão contemplados com mudanças de cargo ou aumentos salariais.
O Google, que também pediu aos funcionários para comparecerem aos escritórios da empresa três vezes por semana, pediu aos gerentes que levem em consideração a assiduidade do trabalho presencial na avaliação de desempenho dos colaboradores.
Na segunda-feira (7/8), a Zoom, cujo software de videoconferência se tornou um símbolo do trabalho remoto durante a pandemia de Covid-19, informou que os funcionários que moram perto de um escritório da companhia devem trabalhar presencialmente pelo menos dois dias por semana.
A Salesforce, por sua vez, adotou uma abordagem mais cordial. A empresa decidiu oferecer uma doação de US$ 10 por dia a todos os funcionários que compareceram aos escritórios por pelo menos 10 dias em junho.
Outras empresas, como a BlackRock e a Chipotle Mexican Grill, também aumentaram o número de dias por semana nos quais seus funcionários devem comparecer ao local de trabalho.
Apesar da pressão das companhias, muitos profissionais ainda relutam em voltar ao modelo presencial de trabalho. De acordo com um relatório do McKinsey Global Institute, o comparecimento aos escritórios atualmente é de cerca de 30%, patamar bem inferior aos níveis pré-pandemia.
Abismo entre empregados e empregadores
Reportagem publicada pelo Metrópoles em maio deste ano mostrou que o cenário é semelhante no Brasil. Passado o auge da pandemia de Covid-19, com grande parte das empresas retomando o formato 100% presencial ou diminuindo a quantidade de dias da semana em que os funcionários podem trabalhar de casa, um abismo parece ter se aberto entre aquilo que desejam os empregados e o que esperam os empregadores.
Segundo os especialistas ouvidos pelo Metrópoles, assim como o mundo mudou com a Covid-19, o mundo do trabalho também passou por profundas transformações e não voltará mais ao que era antes. Grande parte dos profissionais redefiniu prioridades e passou a dar maior importância ao bem-estar na vida pessoal, priorizando oportunidades que ofereçam flexibilidade.