Goldman Sachs começa demissões em massa por banco de investimento
Pelo menos um terço dos primeiros demitidos integravam a divisão de banco de investimento e mercados globais do Goldman Sachs
atualizado
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O Goldman Sachs deu início, nesta quarta-feira (11/1), às demissões em massa que devem atingir praticamente todos os setores da empresa. O corte, estimado em mais de 3,2 mil funcionários, vem sendo apontado como um dos maiores da história da instituição.
Segundo informações da agência Reuters, pelo menos um terço dos primeiros demitidos integravam a divisão de banco de investimento e mercados globais. O braço de banco de investimento deve sofrer os maiores cortes.
As demissões no Goldman Sachs começaram na Ásia, com a redução da área de gestão de patrimônio: 16 funcionários foram desligados nos escritórios de Hong Kong, Cingapura e China. Os cortes estão em andamento.
Até este momento, os escritórios do banco em Nova York e Londres ainda não confirmaram nenhuma demissão, o que deve ocorrer nas próximas horas.
Além dos desligamentos, o Goldman Sachs planeja levar a cabo uma ampla revisão de gastos com viagens e despesas corporativas, de acordo com o Financial Times.
Crise no Goldman Sachs
As demissões no Goldman Sachs já eram esperadas pelo mercado. Em mensagem de fim de ano encaminhada aos funcionários, o CEO do banco, David Solomon, já havia antecipado que os cortes teriam início na segunda quinzena de janeiro.
O Goldman Sachs deve divulgar nos próximos dias os resultados financeiros de uma nova unidade que trata do segmento de cartão de crédito e empréstimos – estimativas preliminares apontam perdas de mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,5 bilhões).
Desde 2018, o banco aumentou em 34% seu quadro de funcionários, chegando a 49 mil profissionais em setembro do ano passado.
O Goldman Sachs teve uma série de despesas em tecnologia e integração de operações, mas a expansão dos investimentos não gerou os resultados esperados. Segundo projeções do mercado, o lucro anual da companhia deve despencar 44%. A empresa chegou ao Brasil em 1995.