Gigantes dos EUA injetam US$ 30 bi para resgatar First Republic Bank
Bank of America, Citigroup, JPMorgan Chase e Wells Fargo fazem parte do consórcio de 11 grandes bancos que apoiarão o First Republic
atualizado
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Um consórcio formado por 11 bancos dos Estados Unidos anunciou um aporte de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 158,6 bilhões) no First Republic Bank, mais uma instituição financeira americana ameaçada de colapso, após uma queda histórica no valor de suas ações.
Bank of America, Citigroup, JPMorgan Chase e Wells Fargo farão um depósito de US$ 5 bilhões (R$ 26,4 bilhões), enquanto Goldman Sachs e Morgan Stanley entrarão com US$ 2,5 bilhões (R$ 13,2 bilhões) cada um.
BNY-Mellon, PNC Bank, State Street, Truist e U.S. Bank, somados, depositarão US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões).
O anúncio oficial foi feito pelos bancos, confirmando uma reportagem publicada na quinta-feira (16/3) pelo Wall Street Journal. O acordo contou com o apoio do governo dos EUA, preocupado com a escalada da crise no setor bancário do país, após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank.
“Essa demonstração de apoio de um grupo de grandes bancos é muito bem-vinda e mostra a resiliência do nosso sistema bancário”, destacou a Secretaria do Tesouro dos EUA, em comunicado conjunto com o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).
“O apoio coletivo fortalece nossa posição de liquidez e é um voto de confiança para o First Republic e todo o sistema bancário dos EUA”, comemorou o CEO do First Republic Bank, Mike Roffler.
A derrocada do SVB causou pânico generalizado em vários bancos regionais americanos. Desde a semana passada, clientes retiraram bilhões de dólares em depósitos do First Republic, o que levou a instituição financeira a anunciar, no domingo (12/3), um financiamento adicional do Fed e do JPMorgan de US$ 70 bilhões.
O First Republic é um banco de médio porte fundado em 1985, em San Francisco, e tem atuação focada nas áreas de private banking e gestão de fortunas. Na segunda-feira (13/3), as ações do banco desabaram mais de 60%. Entre os dias 8 de 15 de março, as perdas acumuladas foram de 70%.
Na quinta-feira (16/3), os papéis do First Republic fecharam em alta de 10%, já com a perspectiva de aporte bilionário dos bancos americanos.