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Gigante chinesa da construção pede proteção contra falência nos EUA

Evergrande, que tenta há meses concluir um plano de reestruturação de sua dívida, volta a acender alerta sobre mercado imobiliário chinês

atualizado

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Reprodução/SOPA images via Getty Images
HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
1 de 1 HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) - Foto: Reprodução/SOPA images via Getty Images

A gigante chinesa Evergrande, uma das maiores empresas da China no setor imobiliário, pediu proteção contra a falência nos Estados Unidos, na quinta-feira (17/8).

A companhia recorreu a um instrumento denominado Chapter 15, da Lei de Falências dos Estados Unidos, que trata de processos internacionais de recuperação judicial que tiveram início em outros países.

A regra permite às empresas estrangeiras terem seu processo estendido aos EUA, protegendo ativos que possuem no país.

O pedido da construtora chinesa se refere a procedimentos de reestruturação em Hong Kong e nas Ilhas Cayman.

A Evergrande tenta, há meses, concluir um plano de reestruturação de sua dívida. Em abril, a companhia informou que não contava com o apoio necessário dos credores para colocar o plano em prática.

Em julho, a Evergrande recebeu autorização da Justiça para realizar votações sobre o possível acordo. As reuniões com os credores devem acontecer até o fim deste mês.

O “dragão” desacelera

As dificuldades da Evergrande reforçam uma onda de preocupações em relação ao mercado imobiliário e à economia da China.

Reportagem publicada pelo Metrópoles no fim de semana mostrou que os dados mais fracos da segunda maior economia do mundo acenderam um alerta no planeta.

Quando a China anunciou o fim gradual de sua política de Covid zero, que fez o país ter quarentenas severas por três anos, a expectativa era que a economia decolaria rapidamente. O governo definiu uma meta de crescimento de 5% para 2023 e o objetivo chegou a ser visto como bastante moderado para os chineses.

Ainda que frentes como o setor de serviços tenham, de fato, se reerguido no começo do ano, a projeção é que a meta poderá não ser atingida.

As vendas do varejo na China avançaram 2,5% em julho, na comparação com o mês anterior, enquanto a produção industrial cresceu 3,7%. Ambos os resultados vieram abaixo das expectativas do mercado.

O índice de desemprego total no país ficou em 5,3% em julho, ante 5,2% em junho deste ano.

PIB menor

Morgan Stanley, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, reduziu a sua estimativa de crescimento da economia da China em 2023.

Segundo o banco, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês deve fechar este ano com alta de 4,7%. Caso esse desempenho se confirme, a China não atingirá a meta estipulada por Pequim, de 5%.

Para 2024 e 2025, o banco americano também diminuiu suas projeções e agora estima uma alta do PIB de 4,2% e 4,5%, respectivamente.

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