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Gasolina volta a ser “vilã” da inflação; veja o que subiu e o que caiu

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o de transportes teve o maior impacto e a maior variação em setembro, diz o IBGE

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Gasolina sobe no DF
1 de 1 Gasolina sobe no DF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O aumento nos preços da gasolina voltou a ser o grande “vilão” da inflação em setembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (11/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,26% em setembro.

O resultado do mês passado confirma que a inflação continua acelerando no país neste segundo semestre, após a queda de preços registrada em junho, quando o IPCA teve deflação de 0,08%. Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua. Em julho, o índice foi de 0,12%Em agosto, de 0,23%.

No acumulado de 12 meses, até setembro, a inflação oficial do país foi de 5,19%. No ano, a inflação acumulada é de 3,5%.

Apesar da aceleração do IPCA, o resultado veio abaixo das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,34% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 5,27%.

O maior impacto no resultado do IPCA em setembro (0,14 ponto percentual) e a maior variação (2,8%) vieram da gasolina. Destacam-se, ainda, as altas de saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%).

“A gasolina é o subitem que possui maior peso no IPCA. Com essa alta, acaba contribuindo de maneira importante para o resultado do mês de setembro”, afirma André Almeida, gerente do IPCA.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o de transportes teve o maior impacto positivo (0,29 ponto percentual) e a maior variação (1,4%). Ainda nesse grupo, as passagens aéreas avançaram 13,47%, após recuo de 11,69% em agosto.

Ainda em transportes, os combustíveis, em geral, tiveram alta de 2,7%, com aumento nos preços do óleo diesel (10,11%) e do gás veicular (0,66%) e queda no etanol (-0,62%).

Outro impacto importante, entre as altas, foi do grupo de habitação, com crescimento de 0,47% nos preços de setembro em relação a agosto. A energia elétrica residencial teve a maior contribuição do grupo, com alta de 0,99%.

Entre as quedas, o índice de setembro sofreu influência do grupo de alimentação e bebidas. “É o grupo de maior peso no IPCA e teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo trajetória de queda no preço dos alimentos principalmente para consumo no domicílio”, afirma Almeida.

A deflação do grupo alimentação foi de 0,71%. Os preços da alimentação no domicílio recuaram 1,02%, com destaque para batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,1%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) registraram altas.

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

  • Transportes: 1,4%
  • Habitação: 0,47%
  • Despesas pessoais: 0,45%
  • Vestuário: 0,38%
  • Educação: 0,05%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,04%
  • Comunicação: -0,11%
  • Artigos de residência: -0,58%
  • Alimentação e bebidas: -0,71%
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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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