FMI aumenta projeção para crescimento do PIB do Brasil em 2024
Estimativa era de avanço de 1,5%, em outubro. Agora, passou para 1,7%. Forte demanda e resiliência da economia pesaram a favor do país
atualizado
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a previsão de crescimento do Brasil em 2024. No relatório “World Economic Outlook” (“Perspectivas Econômicas Mundiais”), divulgado nesta terça-feira (30/1), a entidade projetou um avanço de 1,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional neste ano. O novo número ficou 0,2 ponto porcentual acima da estimativa anterior, divulgada em outubro de 2023. Em 2025, o país deve crescer 1,9%.
Nesta terça-feira, o Banco Central (BC) do Brasil também divulgou a projeção dos agentes econômicos do mercado nacional para o PIB de 2024. Ela ficou em 1,6%, bastante próxima do dado do FMI. No país, a estimativa para 2025 é de um crescimento de 2%, também compatível com o dado de 1,9%, apresentado pelo Fundo Monetário.
Para o FMI, a revisão do PIB do Brasil e outros grandes países da América Latina, caso do México, é resultado de uma “demanda doméstica mais forte do que o esperado”. Isso além do crescimento acima das expectativas de parceiros comerciais dessas nações em 2023, como Estados Unidos e China.
A queda da taxa de juros foi outro ponto destacado pelo FMI para justificar a melhora da perspectiva do PIB brasileiro. De acordo com a entidade, essa redução fez com que o país se adiantasse a uma tendência mundial. Esse fator já havia sido ressaltado no relatório de outubro e voltou a ser mencionado na revisão de janeiro.
Mas não é só. “Muitas economias continuam a demonstrar grande resiliência, com o crescimento acelerando no Brasil, na Índia e nas principais economias do Sudeste Asiático”, disse o economista chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comentário sobre as novas projeções econômicas do órgão.
Avanço da economia global
O FMI também aumentou a projeção de crescimento da economia global, de 2,9% para 3,1% em 2024. Para 2025, a perspectiva é que a produção mundial cresça 3,2%. A melhora, segundo o FMI, é resultado da resiliência da economia dos EUA e de programas de estímulo da China. Como observou Pierre Olivier-Gourinchas, o crescimento global, no entanto, segue bem abaixo da média de crescimento entre 2000 e 2019, que foi de 3,8%.