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Fitch rebaixa perspectiva de nota de crédito do Bradesco para negativa

Nota do banco continua em “BB+”, assim como a do Itaú. A diferença é que, no caso do Itaú, a perspectiva não foi alterada e segue “estável”

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Imagem colorida do logotipo da Fitch Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco do mundo, em uma unidade da empresa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do logotipo da Fitch Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco do mundo, em uma unidade da empresa - Metrópoles - Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

Uma das três principais agências de classificação de risco do mundo, a Fitch Ratings rebaixou a perspectiva da nota de crédito do Bradesco para “negativa”. O anúncio foi feito na quinta-feira (21/12).

A nota do banco (o chamado “rating”) continua em “BB+”, assim como a do Itaú. A diferença é que, no caso do Itaú, a perspectiva não foi alterada e permanece “estável”.

As agências de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito.

De acordo com a Fitch, a revisão para o Bradesco se deve a uma deterioração na rentabilidade de seus ativos.

“O banco sofreu um aumento significativo na inadimplência de varejo, principalmente de empréstimos não garantidos no segmento de baixa renda. Isso pressionou ainda mais os índices de qualidade dos ativos, que já tinham sido afetados negativamente por um caso específico”, afirma a Fitch, em referência à fraude contábil na Americanas.

Ainda segundo a Fitch, “o Bradesco já está tomando medidas significativas para melhorar seus índices”. “No entanto, a Fitch acredita que as despesas gerais do banco ainda aumentarão em 2024 e que os resultados relevantes da recuperação só começarão a ter efeito em 2025”, diz a agência.

Em relação ao Itaú, a Fitch explica que uma eventual elevação do rating é limitada a um grau, em função da grande exposição do banco ao Brasil, especialmente por meio de posições em títulos do governo.

“Os ratings refletem a franquia doméstica do grupo, líder em diversos segmentos. Isso sustenta um bom poder de precificação, diversificação de receitas e acesso a amplas e estáveis bases de depósitos”, diz a agência. “Os ratings também refletem adequadas reservas de capital e boa proteção da qualidade dos ativos por meio de fortes reservas de provisionamento.”

S&P subiu nota de 16 bancos brasileiros

Nesta semana, como o Metrópoles noticiou, outra das principais agências de risco do mundo, a S&P Global, melhorou sua avaliação sobre 16 bancos e instituições financeiras do país.

Na lista, aparecem alguns dos principais bancos brasileiros, como Bradesco, Banco do Brasil, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal e Santander. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também teve a nota elevada.

Também foram contemplados ABC Brasil, BTG Pactual, Citi Brasil, Sicredi, Banco do Nordeste, Banco Pan, Banco Safra, BV (antigo Votorantim), China Construction Bank Brasil, Haitong e Stone. O Itaú não está na lista.

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