Fitch projeta alta de 2,3% do PIB do Brasil e queda de juros em agosto
Para o ano que vem, a agência de risco Fitch projeta uma alta de 1,4% do PIB e, no médio prazo, uma convergência em torno de 2% ao ano
atualizado
Compartilhar notícia
A agência de classificação de risco Fitch, que elevou a nota de crédito do Brasil de “BB-” para “BB”, também reviu suas projeções sobre o crescimento da economia do país em 2023.
De acordo com a Fitch, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve terminar este ano registrando um crescimento de 2,3%. Anteriormente, a agência estimava uma alta bem mais tímida, de 0,7% em 2023.
Para o ano que vem, a agência projeta uma alta de 1,4% e, no médio prazo, uma convergência em torno de 2% ao ano.
“O consumo esfriou com a política monetária apertada, mas continua sustentado por um mercado de trabalho forte, gastos fiscais e crescimento contínuo do crédito”, afirma a Fitch.
“As autoridades projetam um crescimento de médio prazo mais alto, de 2,6%. Embora ainda não esteja claro se eles podem avançar com uma agenda econômica forte o suficiente para conseguir isso, isso pode oferecer alguma vantagem”, diz a agência de risco.
Juros
Em relação à taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, a Fitch espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicie um ciclo de queda a partir da próxima reunião do colegiado, nos dias 1º e 2 de agosto.
Segundo a Fitch, a queda da inflação e a diminuição das incertezas fiscais são fatores que contribuem para a redução da taxa de juros.“Esses fatores estão diminuindo e a Fitch espera que os cortes nos juros comecem em agosto”, diz a agência.
De acordo com a Fitch, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao BC “não resultaram em tentativas de introduzir grandes mudanças na estrutura de metas de inflação, e as expectativas inflacionárias estão melhorando após algum nervosismo anterior”.