Firjan celebra mudanças nas regras do Fundo da Marinha Mercante
Entidade estima que a mudança nas regras para aplicação de recursos tem um potencial de geração em torno de 30 mil empregos no RJ
atualizado
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As novas regras para aplicação de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na última semana, trazem avanço importante na regulamentação do setor naval e contribuirão para um maior número de encomendas para a indústria brasileira. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A nova resolução normatiza algumas alterações nas condições de empréstimos, entre os quais a remoção do limite inferior dos spreads cobrados pelos agentes financeiros para remunerar os riscos e os custos assumidos por eles nos financiamentos; a extensão do prazo de amortização de 2 anos para 5 anos em financiamentos destinados a reparos e docagens; e a especificação na norma de forma mais clara, como categorias elegíveis para financiamento no FMM, as plataformas de petróleo, módulos de plataformas e desmantelamento.
Segundo a Firjan, com as mudanças será possível usar os recursos do FMM para financiar projetos de plataformas, módulos e desmantelamento, com olhar para todo o ciclo de vida útil de um campo de produção de petróleo e gás.
Os prazos de amortização de reparos e docagens também foram ampliados. Além disso, foram implementados outros aprimoramentos nas regras, visando um processo mais eficiente para os estaleiros nacionais. Assim, todo o encadeamento produtivo se beneficiará.
Em nota, a entidade diz considerar que “regulamentar os incentivos, que permitam a realização de novos projetos no país, é essencial para o fortalecimento da economia. O contínuo aprimoramento da regulação é de suma importância para todo o mercado, resultando na execução dos investimentos no país, como geração de empregos e renda para a sociedade”.
Com mais de 50% da capacidade produtiva instalada, o Rio de Janeiro já vivencia um ambiente de oportunidades, incluindo novos projetos como a construção de embarcações de apoio marítimo, módulos de plataformas e desmantelamento.
Conforme o estudo da Firjan SENAI SESI “Panorama Naval no Rio 2024”, a federação estima um potencial de geração em torno de 30 mil empregos no estado do Rio de Janeiro, nos próximos cinco anos, e com o aquecimento da indústria de construção naval, impactando mais de 135 mil pessoas ao considerar o círculo familiar.
Os critérios da resolução permitirão financiar até 90% do valor do projeto, atendidas às condições de conteúdo nacional e tipo de embarcação, estimulando uma maior participação de empresas nacionais com potencial de fornecimento para os projetos e uma maior competitividade da indústria nacional.