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Federal Reserve diminui ritmo de aumento dos juros nos EUA

Banco Central dos EUA elevou a taxa básica de juros da economia americana em 0,5 ponto percentual, para um intervalo 4,25% a 4,5% ao ano

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O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) elevou a taxa básica de juros da economia americana em 0,5 ponto percentual, após a reunião concluída nesta quarta-feira (14/12).

Com isso, os juros básicos estão agora em um intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão representa uma diminuição no ritmo de alta dos juros americanos nos últimos meses. Nas três últimas reuniões do Fed, a taxa havia aumentado em 0,75 ponto percentual.

A decisão de “pisar no freio” e diminuir o ritmo do aperto monetário foi unânime. A desaceleração no avanço dos juros já vinha sendo debatida e era esperada pelo mercado.

No entanto, o Fed anunciou que projeta a taxa básica de juros em 5,1% em 2023 – uma alta de 0,5% em relação à projeção anterior, de 4,6%.

Para 2024, o banco estima uma taxa de 3,9% (ante 4,1% da projeção anterior). Para 2025, o percentual foi reduzido de 3,1% para 2,9%.

No comunicado que acompanha a decisão, o Banco Central dos EUA diz que segue comprometido em levar a meta de inflação para 2%. Segundo a autoridade monetária, novas altas dos juros não estão descartadas e podem ser debatidas nas próximas reuniões.

Inflação abaixo da expectativa

A taxa de inflação nos Estados Unidos em novembro veio abaixo das estimativas do mercado. No mês passado, o índice teve alta de 0,1% em relação a outubro e de 7,1% no acumulado de 12 meses. Os dados foram divulgados no início da semana.

Tanto o resultado mensal quanto a taxa anual vieram abaixo das projeções. O consenso Refinitiv estimava uma alta de 0,3% em novembro (em relação a outubro) e de 7,3% no acumulado de 12 meses.

O núcleo da inflação, que exclui a variação dos preços de alimentos e energia, avançou 0,2%, após alta de 0,3% em outubro – foi o menor aumento desde agosto de 2021. Em 12 meses, o indicador ficou em 6%.

Efeito no Brasil

O aumento dos juros nos EUA incentiva a aplicação em papéis no Tesouro americano, mais seguros e com baixo risco de perdas. A aplicação em países de economia emergente, como o Brasil, é considerada de maior risco por causa da instabilidade desses mercados. Em linhas gerais, quando os juros sobem, os títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA se tornam ainda mais vantajosos, o que gera um fluxo de investimento maior em sua direção.

O câmbio também é diretamente atingido pela alta dos juros americanos. O maior volume de investimento nos EUA leva à valorização do dólar em relação a outras moedas, especialmente as dos países emergentes.

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