FAO: preço dos alimentos cai em março, mas segue “muito elevado”
Preços mundiais dos alimentos registraram uma queda de 20,5% em março, na comparação com o mesmo período de 2022, segundo agência da ONU
atualizado
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Os preços mundiais dos alimentos registraram uma queda de 20,5% em março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022, quando bateram recorde. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (7/4) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Em relação ao mês anterior, o índice da FAO, que monitora os preços de uma cesta de itens básicos de alimentação, recuou 2,1% em março.
Apesar da queda, a entidade afirma que os preços seguem “muito elevados”.
“A oferta abundante, a frágil demanda de importações e a prorrogação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro (corredor marítimo que permite as exportações a partir da Ucrânia) contribuíram para a queda”, disse a FAO, em nota.
“Apesar da redução dos preços globalmente, eles continuam muito elevados e seguem aumentando nos mercados internos, o que representa problemas adicionais em termos de segurança alimentar”, alertou Máximo Torero, economista-chefe da FAO.
Entre as maiores quedas de preços, destaque para o trigo (-7%), cereais (-5,6%), arroz (-3,2%) e óleos vegetais (-3%), que compensaram o aumento do açúcar (+1,5%).
O preço do milho recuou 4,6%, principalmente por causa das “expectativas de uma safra recorde no Brasil”. Como mostrou reportagem publicada pelo Metrópoles em março, o Brasil deve voltar a ser o líder mundial na exportação de milho.