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Expectativa por plano de Haddad por corte de gastos faz Ibovespa subir

Exterior positivo também impulsiona ativos locais às vésperas das eleições nos EUA e das decisões do Fed e do Copom

atualizado

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Dólar fecha em queda
1 de 1 Dólar fecha em queda - Foto: GettyImages

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, avançou mais de dois mil pontos em um única sessão com aumento das expectativas de que o pacote de medidas fiscais sobre gastos públicos seja anunciado nos próximos dias.

O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,87%, aos 130.209 pontos nesta segunda-feira (4/11). Na sexta, o índice encerrou em baixa de 1,23%, aos 128.121 pontos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de medidas sobre os gastos públicos deve ser anunciado nos próximos dias: “Como as coisas estão muito avançadas do ponto de vista técnico, acredito que nós estejamos prontos para anunciar”, disse Haddad em entrevista a jornalistas.

O dólar fechou em baixa de 1,48%, cotado a R$ 5,78, nesta segunda-feira (4/11), após registrar o seu segundo maior valor nominal da história, R$ 5,87,  na última sexta-feira (1°/11). Com o resultado, a moeda americana acumula um avanço de 0,03% no mês e um ganho de 19,18% no ano. A queda desta segunda foi motivada ainda pela expectativa do anúncio de cortes de gastos prometidas pelo governo e pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

A administração federal é cobrada pelo mercado financeiro a apresentar seu plano de corte de gastos públicos para se adequar a seu arcabouço fiscal e a demora vem contribuindo para o nervosismo. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou a viagem à Europa que faria nesta semana para focar a finalização da parte técnica do plano.

Haddad foi ao Palácio do Planalto para se reunir com Lula e outros ministros no meio da tarde. Segundo ele, as coisas estão “muito adiantadas” do ponto de vista técnico, e o governo estará pronto nesta semana para anunciar as medidas. O ministro evitou comentar detalhes do plano de corte de gastos e reforçou que o modelo de apresentação será decidido por Lula.

Investidores também aguardam  a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), nos dias cinco e seis de novembro. A expectativa é que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano.  No Boletim Focus deste semana, as projeções para a inflação voltaram a subir, pela quinta semana consecutiva.

Eleições americanas

Apesar de o tema fiscal seguir no radar, o mercado também segue de olho esta semana nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, previstas para terça-feira (5/11). O cenário ainda é incerto e as pesquisas não conseguem afirmar se a vitória será da democrata Kamala Harris ou  do republicano Donald Trump.

A possibilidade de cenário em que o republicano saia vitorioso tem desvalorizado as moedas de países emergentes, como o Brasil, na esteira de declarações do candidato sobre a intenção de aplicar mais tarifas aos produtos importados nos Estados Unidos.

Outra decisão importante da semana é a decisão do Federal Reserve (Fed), que será divulgada na quarta-feira (6/11). As apostas majoritárias são de que a autoridade deve cortar as taxas em 25 pontos-base nos Estados Unidos.

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