Expansão fiscal pode não ajudar a economia, diz Haddad
“Não estamos em um momento em que a expansão fiscal vá ajudar a economia”, afirmou o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad
atualizado
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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (14/12) que o Brasil não passa por um momento favorável à expansão fiscal.
Em entrevista ao programa Estúdio i, da Globo News, o petista disse que o primeiro objetivo do próximo governo será honrar os compromissos herdados e não desamparar a população mais pobre, sem que isso represente qualquer ameaça à política fiscal.
“Não estamos em um momento em que a expansão fiscal vá ajudar a Economia. Estamos em um momento em que estamos pegando uma situação fiscal, assumindo um compromisso herdado, e não vamos desamparar as pessoas que foram incluídas no INSS ou no Auxilio Brasil”, afirmou Haddad.
Para o futuro ministro, a intervenção na economia não será o foco do novo governo do PT.
“Em determinadas situações, você precisa tomar medidas anticíclicas. Não existe relação do ‘quanto mais gasto, mais cresce o PIB’. O que existe é que, em determinadas situações, quando se tem um choque, pode ser uma pandemia ou uma guerra, há momentos em que o Estado intervém, mas são momentos muitos críticos”, afirmou.
Banco Central
Durante a entrevista, o futuro ministro da Fazenda garantiu que terá uma boa relação com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto – escolhido por Jair Bolsonaro e que tem mandato no BC até 2024.
“Hoje, olhando para todos os indicadores, se fizermos bem feito e houver espaço para estímulo, será o estímulo monetário. Se nós soubermos fazer a transição, tem espaço para uma taxa de juros menor. Você precisa dar segurança para a autoridade monetária”, disse.