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Ex-CEO e ex-diretora da Americanas são incluídos na lista da Interpol

Miguel Gutierrez e Anna Christina Ramos Saicali, ambos alvos de Operação Disclosure, já são considerados foragidos, segundo a PF

atualizado

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executivos Miguel Gutierrez e Anna Christina Ramos metropoles montagem
1 de 1 executivos Miguel Gutierrez e Anna Christina Ramos metropoles montagem - Foto: Reprodução EBC

Os nomes do ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez e da ex-diretora da empresa, Anna Christina Ramos Saicali (foto de destaque), foram incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol pelo Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal. Alvos da Operação Disclosure, deflagrada nesta quinta-feira (27/6), ambos estão fora do país — ele, na Espanha, onde tem cidadania; ela, em Portugal.

“Os dois principais investigados no âmbito da operação, ex-CEOs do grupo Americanas-B2W e alvos de mandados de prisão preventiva, encontram-se foragidos no exterior. Ambos já foram incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol pelo Núcleo de Cooperação Internacional.

Embora a operação ainda esteja em andamento, a Polícia Federal informou que ambos já são considerados foragidos. Há meses, Gutierrez tem informado que está na Espanha. Já Anna viajou para Portugal no dia 15. O pedido de buscas e apreensões da PF menciona apenas endereços brasileiros da dupla, ambos o Rio de Janeiro.

Maior fraude da história

Ao todo, 14 pessoas são investigadas pela Operação Disclosure. O grupo investigado é responsável pela maior fraude da história do mercado financeiro do Brasil, estimada em cerca de 25,3 bilhões de reais.

Segundo a decisão judicial que autorizou a operação policial, a PF atribui aos investigados “manobras fraudulentas” destinadas a alterar “os resultados reais da empresa”.

O objetivo, de acordo com a PF, era “receber vantagens indevidas com o pagamento de bônus por metas atingidas, e elevar de forma ilícita a cotação das ações das Americanas, pois, assim, gerariam ganhos financeiros não justificados, visto que alguns dos investigados tinham participação acionária nas empresas”.

Segundo investigadores, as manobras “causaram grande prejuízo para os demais acionistas, principalmente aos minoritários, que, em razão da falsa saúde financeira das empresas, operavam transações acionárias com preços inflacionados”. Os crimes investigados são os de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada.

A defesa de Miguel Gutierrez afirma “que não teve acesso aos autos das medidas cautelares deferidas nesta quinta-feira (27) e por isso não tem o que comentar”. “Miguel reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”.

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