Ex-donos do Kabum vão à arbitragem para anular venda do site ao Magalu
Com a medida, os criadores da plataforma de e-coomerce querem a empresa de volta ou receber o que consideram o valor justo pelo negócio
atualizado
Compartilhar notícia
Os irmãos Leandro Ramos e Thiago Ramos (na foto em destaque), fundadores da Kabum, a maior plataforma de e-commerce da América Latina no segmento de tecnologia e games, entraram com requerimento para abertura de arbitragem contra o Magazine Luiza, o Magalu, na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
Em ação que corre na Justiça desde fevereiro, os fundadores do Kabum já alegavam que haviam sido prejudicados no processo de venda da plataforma, intermediado pelo Itaú BBA, em 2021. O valor do negócio foi estipulado em R$ 3,5 bilhões, sendo R$ 1 bilhão em dinheiro e R$ 2,5 bilhões conversíveis em ações do Magazine Luiza. Para os irmãos Ramos, porém, a venda teria sido competida por um conflito de interesses existente entre o banco e a varejista, não revelado na ocasião. O Itaú BBA e o Magalu negaram as acusações.
Agora, na arbitragem, cujo requerimento foi encaminhado na segunda-feira (24/7), os ex-donos do site apresentam diversas opções para a solução do conflito com o Magalu. Todas elas, contudo, partem do princípio de que os irmãos venderam o Kabum por R$ 3,5 bilhões, mas, sob o ponto de vista deles, não receberam a totalidade do dinheiro combinado.
Eles consideram que ainda teria de receber cerca de R$ 1,3 bilhão. Assim, ou o Magazine Luiza paga a diferença restante, ainda na avaliação dos ex-donos do site, ou o negócio é cancelado.
A arbitragem, na prática, é uma câmara privada que julga um caso com força de sentença judicial. A busca por esse tipo de mediação para a solução do conflito não suspende outros processos que os irmãos Ramos movem contra o Magazine Luiza na Justiça. Procurado pelo Metrópoles, o Magalu não quis se pronunciar sobre o caso.