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Ex-donos do Kabum criticam, em anúncio, responsáveis por venda do site

Na primeira manifestação pública, irmãos Ramos reafirmam suspeitas sobre negociação da plataforma, vendida em 2021, por R$ 3,5 bilhões

atualizado

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Divulgação/Kabum
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1 de 1 imagem colorida irmaos criadores kabum leandro thiago ramos - Foto: Divulgação/Kabum

Os irmãos Thiago e Leandro Ramos, ex-donos do Kabum, a maior plataforma de comércio online da América Latina para produtos de tecnologia e games, publicaram, nesta sexta-feira (3/3), na Folha de S.Paulo, um anúncio em que expõem os principais pontos da disputa que mantêm contra os responsáveis pela venda do site para o Magazine Luiza, o Magalu, em dezembro de 2021, por R$ 3,5 bilhões, um negócio conduzido pelo Itaú BBA.

Nas últimas semanas, os criadores do Kabum entraram com duas ações na Justiça (veja reportagem completa neste link). Uma delas é contra o Itaú BBA (pedindo a produção antecipada de provas, que corre nas 24ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo). A outra teve como alvos o banco e o Magazine Luiza (protesto interruptivo de prescrição, em andamento na 1ª Vara Empresarial de São Paulo).

O anúncio foi a primeira manifestação pública dos irmãos Ramos desde que o caso passou a ser divulgado pela imprensa, no início desta semana. No texto, eles definem as ações judiciais nos seguintes termos, embora não citem os nomes das empresas: “Medidas para apurar suspeitas de que tenhamos sido prejudicados, por pessoas e instituições que gozaram de nossa absoluta confiança, na condução do negócio mais importante de nossas vidas”.

Eles mencionam também o fato de, no dia seguinte à assinatura do contrato de venda da empresa, o Itaú BBA, ter recebido “da parte compradora dezenas de milhões de reais em comissões”, em um lançamento de ações do Magalu, na Bolsa, iniciativa chamada, no jargão, de “follow on”. “Em outras palavras”, prosseguem os criadores do Kabum, “a instituição financeira, em uma mesma operação combinada, recebeu simultaneamente das duas pontas, vendedora e compradora”.

Dizem ainda que, “não há um dia sem que nos passe pela cabeça a hipótese de que o nosso assessor financeiro e a instituição em que trabalha tenham sido menos dedicados a nós do que à compradora”. Por fim, acrescentam: “É nosso direito investigar se de fato aconteceu, e, se aconteceu, como tudo leva a crer, buscar sob as leis do país a imputação de responsabilidade daqueles que faltaram conosco”.

Na defesa apresentada à Justiça (confira detalhes neste link), os advogados do Itaú BBA refutam todos os argumentos dos irmãos Ramos. Em trecho de nota divulgada hoje, a instituição acrescenta: “Todas as acusações imputadas ao banco são absolutamente inverídicas. O Itaú BBA esclarece que a venda da empresa à varejista foi conduzida por um time grande de assessores e nunca por um executivo individualmente, e foi concluída após um processo competitivo, diligente e transparente, para o qual foram convidados mais de 20 players. Os acionistas do Kabum sempre estiveram à frente das negociações e tomaram todas as decisões ao longo do processo, especialmente em relação aos valores e condições da transação”.

Acrescenta o Itaú BBA: “É de igual relevância esclarecer que a oferta de ações (mencionada no anúncio) aconteceria independentemente da operação de compra e venda. O ‘follow on’ foi uma transação de cerca de R$ 4 bilhões, executada por 10 bancos coordenadores, levantando recursos que foram destinados a investimentos em tecnologia e logística. O pagamento aos acionistas do Kabum representava apenas 25% do volume da oferta. O banco recebeu remuneração similar pelas duas operações e, ressalta-se, similar também à das demais instituições financeiras que participaram do ‘follow on’. Não há, portanto, qualquer elemento que valide a tese de vínculo entre as transações.” Consultado, o Magazine Luiza não quis se manifestar sobre o anúncio.

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