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Ex-donos do Kabum citam “relação maliciosa” entre Magalu e Itaú BBA

Em anúncio publicado na mídia, os irmãos Ramos acusam nominalmente o CEO do Magazine Luiza e diretor do banco de tê-los prejudicado

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Divulgação/Kabum
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1 de 1 imagem colorida irmaos criadores kabum leandro thiago ramos - Foto: Divulgação/Kabum

A guerra entre os irmãos Leandro e Thiago Ramos (foto em destaque), ex-donos do site de e-commerce Kabum, contra o Itaú BBA e o Magazine Luiza voltou às páginas dos jornais nesta sexta-feira (1º/12). Mas, desta vez, o retorno ocorreu sob a forma de um anúncio. Os Ramos publicaram um texto na imprensa que acusa nominalmente o CEO da Magalu, Fred Trajano, e Ubiratan Machado, diretor do banco, definidos como “cunhados, melhores amigos e parceiros de negócios”, de terem atuado em conjunto para prejudicá-los, numa “relação conflituada e maliciosa”.

Além disso, o anúncio diz que os irmãos “continuam curiosos” para descobrir se Machado, do Itaú BBA, “detinha ações do Magalu” na época em que os Ramos foram assessorados por ele para vender o Kabum ao Magazine Luiza, em 2021. Os ex-donos do site, especializado em produtos de tecnologia e games, afirmam que também querem saber se os papéis, caso tenham existido, foram negociados antes ou depois de a venda da plataforma online ter sido concluída e se o banco tinha conhecimento de tais fatos. 

A batalha judicial dos irmãos contra o Magalu e o Itaú BBA começou no início deste ano, quando eles recorreram à Justiça para contestar o contrato de venda do site, por R$ 3,5 bilhões. Os Ramos consideram que foram prejudicados no  negócio, por causa de um conflito de interesses existente a partir das relações entre Trajano, do Magazine Luiza, e Machado, do Itaú BBA, que os assessorou no processo.

O anúncio publicado hoje pelos Ramos é uma resposta a um protesto apresentado recentemente à Justiça, preparado pelos representantes legais do Itaú BBA, do escritório Sergio Bermudes. Neea, o banco afirma que os irmãos manipularam informações usadas em ações judiciais contra a instituição financeira. Nesse caso, as alterações teriam sido feitas em relatórios preparados pela Kroll, a empresa de investigações. 

Tiroteio

“Esses atos”, diz o texto do protesto do Itaú BBA, “decorrem não apenas da divulgação indevida de informações e acusações sabidamente falsas à mídia, órgãos públicos e ao Poder Judiciário, mas são também oriundas de documentos que foram ilícita e propositadamente manipulados pelos requerentes para justificar e fundamentar o ajuizamento de inúmeras e infundadas ações judiciais em claro abuso de petição”.

Em contrapartida, os representantes dos Ramos, do escritório Warde Advogados, já haviam contestado essas informações, em setembro, dizendo que os relatórios da Kroll não foram utilizados nas peças judiciais.

Diz o documento que dá a versão dos irmãos: “Os agravados (os Ramos) nunca tiveram a intenção de apresentar esse relatório em juízo – tanto é que não o fizeram em nenhuma das ações judiciais propostas até o momento. A intenção dos agravados, ao contratar a investigação da Kroll, sempre foi a de investigar as suspeitas de irregularidades e conflito de interesses do Itaú BBA e do sr. Ubiratan Machado no assessoramento do Kabum.”

Em nota, o Itaú BBA comentou:

“O objetivo da petição em questão é garantir os direitos do banco e do executivo de serem devidamente reparados pelos danos decorrentes da campanha difamatória empreendida pelos ex- sócios do KaBum, valendo-se de informações mentirosas e incompatíveis com os fatos e com a investigação que eles mesmos contrataram e manipularam para confundir, constranger e manchar a reputação da instituição e de um profissional que, há décadas, atua de forma íntegra no mercado financeiro. Todas as medidas cabíveis contra essa injusta agressão serão tomadas no tempo oportuno.”

O Metrópoles entrou em contato com o Magazine Luiza. Até a publicação deste texto, a empresa não havia se posicionado sobre a publicação do anúncio por parte dos irmãos Ramos. Este espaço permanece aberto para manifestações da companhia.

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