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Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez é preso em Madri

Executivo foi preso pela polícia espanhola, após ter mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira na quinta-feira (27/6)

atualizado

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Miguel Gutierrez
1 de 1 Miguel Gutierrez - Foto: Reprodução

O ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez foi preso, nesta sexta-feira (28/6), em Madri, na Espanha, pela polícia espanhola. Gutierrez tinha mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira desde quinta-feira (27/6).

De acordo com investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), o ex-CEO da varejista é suspeito de ter participado das fraudes no balanço da companhia “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”.

A prisão foi comunicada nesta manhã à PF. Como Gutierrez tem cidadania espanhola e estava no país desde o ano passado, seu nome foi incluído na difusão vermelha, a lista de foragidos internacionais da Interpol.

Inquérito conduzido pela Polícia Federal aponta que Gutierrez tentou blindar seu patrimônio antes que a fraude na Americanas viesse à tona. As estratégias do executivo incluíram o repasse de imóveis e valores para familiares, além da remessa de dinheiro para paraísos fiscais. 

A Polícia Federal (PF) afirmou, em seu pedido de prisões e buscas e apreensões contra ex-executivos da Lojas Americanas, que a cúpula da empresa não “media esforços para enganar o mercado financeiro” por meio de fraudes contábeis que escondiam os resultados negativos da varejista e garantiam lucros aos seus diretores.

“Documentos e planilhas eram falsificados, dívidas contraídas com os bancos eram escondidas do balanço e créditos inexistentes eram criados e lançados na contabilidade da companhia”, afirma a PF no pedido que resultou na Operação Disclosure, deflagrada na quinta-feira (27/6) contra 14 investigados.

Além das buscas em suas residências, o ex-CEO da empresa Miguel Gutierrez e a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali foram alvo de mandados de prisão. Ele estava na Espanha e ela segue em Portugal. Ambos tiveram seus nomes incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol, a polícia internacional.

Consultada pelo Metrópoles, a defesa de Miguel Gutierrez informou que ele reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios.

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