EUA: sindicato quer ampliar greve em fábricas de Ford, GM e Stellantis
A greve entrou em seu quinto dia nesta terça-feira (19/9). Segundo o presidente do sindicato, Shawn Fain, outras fábricas devem aderir
atualizado
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O United Auto Workers (UAW), principal sindicato de trabalhadores do setor automotivo nos Estados Unidos, pretende ampliar a greve simultânea em três fábricas de algumas das principais montadoras do país – Ford, General Motors (GM) e Stellantis, controladora da Chrysler.
A greve entrou em seu quinto dia nesta terça-feira (19/9). Segundo o presidente do sindicato, Shawn Fain, outras fábricas devem aderir ao movimento grevista.
“Funcionários das montadoras já esperaram demais por um novo acordo com as três grandes empresas e estamos agora estabelecendo um novo prazo, o dia 22 de setembro, para finalizarmos as conversas”, afirmou o líder sindicalista.
As negociações entre as empresas e os trabalhadores se desenrolavam havia cerca de dois meses, sem grandes avanços. O sindicato exige um aumento salarial de quase 40% em quatro anos, muito acima dos 20% propostos pelas montadoras.
Os trabalhadores também reivindicam garantias de que não perderão espaço com a produção de veículos elétricos, incentivada pelo governo americano. Estimativas apontam que a nova tecnologia deve comprometer cerca de 30% de empregos nos próximos anos.
Como resposta aos grevistas, a Ford afastou temporariamente 600 trabalhadores de sua fábrica de Michigan. A GM, por sua vez, informou que 2 mil funcionários podem ser afastados caso a paralisação não se encerre.
De acordo com os sindicalistas, a paralisação deve interromper a produção de até 24 mil veículos por semana, o que pode impactar significativamente o setor automotivo nos EUA.