EUA: pedidos de auxílio-desemprego vão a 220 mil, abaixo do esperado
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (BC americano) para definir taxa de juros
atualizado
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Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram de 217 mil para 220 mil, na semana encerrada no dia 9 de setembro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14/9) pelo Departamento do Trabalho do governo americano.
O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas. Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, os pedidos de auxílio-desemprego ficariam em 225 mil no período.
A média móvel trimestral de solicitações foi de 224,5 mil na semana, o que significa uma queda de 5 mil em relação à semana anterior.
Impacto sobre o Federal Reserve
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi elevada em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos.]
Analistas torcem por uma desaceleração do mercado de trabalho nos EUA. Com isso, há a expectativa de que o Fed alivie um pouco a política monetária, embora uma redução da taxa de juros seja considerada muito improvável neste momento.
Desemprego
No início de setembro, o Departamento do Trabalho informou que os EUA registraram a criação de 187 mil novas vagas de emprego fora do setor agrícola em agosto. O resultado veio acima das expectativas da maioria dos analistas.
O índice de desemprego nos EUA, por sua vez, subiu de 3,5% para 3,8% entre julho e agosto. O resultado veio acima das estimativas do mercado, que eram de 3,5%.
Investidores avaliam que o aumento do desemprego no país pode impedir o Federal Reserve de subir novamente a taxa de juros em sua próxima reunião.