EUA: editora de jornais acusa Google de abuso de publicidade on-line
Segundo a Gannett, domínio do Google sobre o mercado de publicidade digital afetou a potencial receita das editoras de jornais nos EUA
atualizado
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O grupo Gannett, maior editora de jornais de circulação diária nos Estados Unidos, entrou com um processo contra o Google, acusando a big tech de descumprir a legislação federal antitruste e abusar de seu monopólio para comprar e vender anúncios de publicidade on-line.
A ação contra o Google e sua controladora, a Alphabet, foi aberta na Justiça de Nova York. Segundo a Gannett, o domínio do Google sobre o mercado de publicidade digital afetou de forma significativa a potencial receita das editoras de jornais.
De acordo com a Gannett, as editoras registraram uma queda de cerca de 70% na receita de publicidade desde 2009, o que levou, inclusive, ao fechamento de diversos jornais. Hoje, o mercado publicitário on-line movimenta US$ 200 bilhões por ano.
A Gannett é dona do USA Today e de outros 200 jornais diários americanos. A editora informa que, desde 2019, encerrou a publicação de 170 títulos.
“O Google controla como as editoras vendem seus espaços de publicidade e as obriga a vender fatias cada vez maiores desse espaço publicitário a preços reduzidos. O resultado é uma receita dramaticamente menor para as editoras e rivais do Google, enquanto o Google desfruta de lucros monopolistas exorbitantes”, afirma a empresa.
Nos últimos meses, o Google vem sendo alvo de uma série de processos por suposto abuso de propaganda on-line. Em janeiro, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação antitruste contra a big tech. Na semana passada, a Comissão Europeia fez o mesmo.