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EUA: donas de Google e Facebook perdem domínio da publicidade digital

Alphabet, dona do Google, e Meta, controladora do Facebook, não terão participação majoritária no mercado pela primeira vez desde 2014

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1 de 1 imagem de celular com logo de rede social ao fundo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A Alphabet, proprietária do Google, e a Meta, controladora do Facebook, perderam a supremacia do mercado de publicidade digital dos Estados Unidos, informa uma reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times.

Em meio à concorrência cada vez mais acirrada de empresas como Amazon, Apple, Microsoft e TikTok, os dois gigantes de tecnologia não terão uma participação majoritária no mercado neste ano pela primeira vez desde 2014, de acordo com um levantamento feito pelo grupo de pesquisas Insider Intelligence.

A participação do duopólio deve recuar 2,5 pontos percentuais, caindo para 48,4% ao final de 2022, pela primeira vez abaixo dos 50% em oito anos. Será a quinta queda anual consecutiva dos dois grupos, que chegaram a deter 54,7% do mercado de publicidade digital, em 2017.

Segundo as projeções da Insider Intelligence, Meta e Alphabet devem continuar em retração nos próximos anos, chegando a 43,9% de participação no mercado publicitário dos EUA até 2024. Em todo o mundo, as duas companhias perderam 1%, para 49,5%, em 2022.

Na mira de reguladores

Tanto a Meta quanto a Alphabet estão na mira de reguladores nos EUA e na Europa. Recentemente, o Google foi processado por promoção indevida de seus produtos em detrimento da concorrência.

Há algumas semanas, a Meta recebeu uma reclamação formal dos órgãos reguladores da União Europeia no mesmo sentido. Os órgão alegaram que o serviço de anúncios de classificados da plataforma é injusto com os rivais.

Os dois grupos de tecnologia vêm lutando por uma fatia do mercado de publicidade digital de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão), em meio ao corte nos orçamentos de anúncios praticados por empresas em todo o mundo, em um momento de inflação alta e elevadas taxas de juros.

Crise das big techs

Após um período de bonança durante a pandemia de Covid-19, as big techs mergulharam na crise neste ano. Em novembro, a Meta demitiu mais de 11 mil funcionários, o que correspondia a 13% da força de trabalho da companhia comandada por Mark Zuckerberg.

A empresa vem enfrentando dificuldades financeiras, em meio à desaceleração global e à queda acentuada na publicidade digital, sua principal fonte de receita. Em outubro, a Meta registrou queda de 50% em seu lucro trimestral. As ações da controladora do Facebook caíram mais de 72% neste ano.

A Alphabet, por sua vez, fechou o terceiro trimestre registrando um lucro líquido de US$ 13,9 bilhões. O resultado representa uma perda de receita de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

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