Estatais perdem R$ 31,8 bi em valor de mercado no 1º pregão de 2023
Lista inclui Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, Caixa Seguridade e BB Seguridade; levantamento foi feito pela TradeMap
atualizado
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As cinco principais empresas estatais listadas na Bolsa de Valores brasileira registraram, juntas, uma perda de R$ 31,806 bilhões, em valor de mercado, na segunda-feira (2/1), dia do primeiro pregão de 2023. Os dados são da TradeMap.
A lista inclui Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, Caixa Seguridade e BB Seguridade. Segundo o levantamento, o valor de mercado total dessas empresas recuou de R$ 634,6 bilhões, no último pregão do ano passado, para R$ 602,8 bilhões.
A Petrobras, sozinha, responde por mais da metade desse valor: R$ 22,8 bilhões de perdas (de R$ 345,8 bilhões para R$ 323 bilhões). As ações da companhia derreteram 6,45% e terminaram o dia negociadas a R$ 22,92.
O Banco do Brasil, por sua vez, perdeu R$ 4,3 bilhões em valor de mercado, após um recuo de 4,23% em seus papéis na B3.
O tombo da Bolsa
Na esteira do anúncio das primeiras medidas do novo governo na economia, o Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na B3, fechou a segunda-feira (2/1) despencando 3,06%, aos 106.376,02 pontos. Na cotação mínima do dia, o índice baixou para 105,9 mil pontos.
No primeiro dia útil do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, no Diário Oficial da União, duas medidas que levaram preocupação ao mercado: a prorrogação da desoneração dos combustíveis por mais 60 dias – o que foi interpretado como a primeira derrota de Haddad à frente do ministério (ele defendia o fim da desoneração) – e a retirada da Petrobras do programa de desestatizações criado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Como noticiou o Metrópoles, segundo um cálculo feito por Victor Candido, economista-chefe da gestora RPS Capital, a Medida Provisória que prorroga a isenção de tributos federais sobre os combustíveis tem um custo total de R$ 25 bilhões. A conta é a seguinte: R$ 18 bilhões para a isenção sobre o diesel e biodiesel, R$ 5 bilhões para a gasolina, R$ 1 bilhão para o etanol e R$ 1 bilhão para o gás de cozinha.