metropoles.com

Entenda por que Prates balança na presidência da Petrobras

Instabilidade tem origem no próprio governo. Última controvérsia envolveu o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Stuckert/PR
Foto colorida do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A principal fonte de instabilidades para a permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras tem origem clara: integrantes do próprio governo. O atual líder da estatal tem entre seus opositores mais notórios os ministros Alexandre Silveira, das Minas e Energia, e Rui Costa, da Casa Civil. 

Nas últimas semanas, contudo, o fogo amigo contra Prates intensificou-se, e as ameaças contra a sua permanência no cargo atingiram novo patamar no governo Lula. Nesse caso, a desavença foi resultado da posição do CEO sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras, adotada no início de março.

Prates era favorável a uma maior distribuição desses dividendos aos acionistas. Lula e Silveira tinham posição contrária. Em 8 de março, uma sexta-feira, porém, as ações da petroleira desabaram na Bolsa brasileira (B3), quando foi anunciada a decisão de reter o repasse de dividendos. O choque da informação resultou numa perda de quase R$ 56 bilhões em valor de mercado da companhia num só dia.

Por causa do mesmo problema, Prates também foi contestado por representantes de petroleiros – os funcionários têm direito a um lugar no Conselho de Administração da empresa.

Polêmica sobre dividendos

No início de março, a diretoria da Petrobras enviou ao Conselho de Administração da empresa proposta para pagar 50% dos R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários aos acionistas. A outra metade da quantia seria retida pela estatal. Em tese, a solução agradava a gregos e troianos. 

O conselho, porém, decidiu segurar toda a bolada em um fundo de reserva. Segundo o estatuto da companhia, esse fundo deve ser usado para remunerar os acionistas ou, se necessário, cobrir eventuais prejuízos da empresa. A proposta ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Geral Ordinária, que reúne os acionistas da Petrobras, em 25 de abril.

Nesta quinta-feira (4/4), as ações da Petrobras voltaram a oscilar fortemente com novos rumores sobre a saída de Prates da Petrobras. A petroleira, contudo, não é o único alvo do governo Lula em suas tentativas de influenciar na gestão de companhias. A Vale passou recentemente por situação semelhante. Ela também sofreu forte baque no valor de mercado em março.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?