Eneva propõe fusão com Vibra para criar gigante de R$ 50 bilhões
Juntas, empresas formariam a maior distribuidora de combustíveis do país e, no ramo de energia, ficariam atrás da Petrobras e da Eletrobras
atualizado
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A Eneva comunicou ao mercado, no domingo (26/11), que enviou uma proposta de fusão à Vibra Energia, ex-BR Distribuidora. Se concluído, o negócio pode criar um novo gigante no ramo de energia no Brasil.
Combinada, a nova companhia seria a maior distribuidora de combustíveis, a maior plataforma de geração termelétrica e a terceira maior empresa listada de energia do país, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. Ela teria um valor de mercado de cerca de R$ 50 bilhões e R$ 300 milhões de liquidez diária.
De acordo com o fato relevante, a proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou “outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo”. Isso ocorreria de forma que o conjunto de acionistas de cada empresa, ao término do processo, passe a deter 50% do total das ações da nova companhia.
Em comum, as duas empresas têm o fundo Dynamo. Ele detém ações de ambas, sendo uma fatia de 10,77% na Eneva e de 10,28% na Vibra.
Segundo a proposta, o BTG Pactual, principal acionista da Eneva, comunicou ao conselho de administração da empresa de energia que, caso a fusão seja bem-sucedida, o banco tem intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na companhia combinada.
O Citi considerou que o acordo entre a Eneva e a Vibra teria “sinergias claras”, em especial a verticalização dos negócios. Para a Eneva, a redução da alavancagem seria um dos “méritos mais óbvios da potencial fusão”, avaliam os analistas Antonio Junqueira, Gabriel Barra, Guilherme Bosso, e Andrés Cardona. Para a Vibra, os analistas apontam a verticalização como o maior benefício para a empresa.